A prófase é a primeira fase da divisão celular, que acontece na mitose e na meiose, como um momento de preparação para os processos posteriores. É nesse momento que o aparelho celular que desenvolve toda a mitose entra em ação, por isso, é essencial que a prófase ocorra corretamente.
Continue lendo este artigo e entenda as alterações citoplasmáticas e nucleares que ocorrem em uma célula durante a prófase, tanto na mitose, como na meiose. Acompanhe também a resolução de questões de prova que abrangem assuntos da citologia!
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O que é prófase?
No ciclo celular, a prófase é a etapa que marca o início da divisão celular. Primeiramente, a célula está realizando suas funções e participando do metabolismo, no período chamado de interfase. Quando algum estímulo identifica a necessidade de dividir, a célula é direcionada para a prófase, quando ocorrem alterações genéticas e estruturais para que o processo aconteça perfeitamente.
A prófase é considerada a fase mais longa e mais importante do ciclo celular, porque ela propicia todas as etapas cruciais para o desenvolvimento tanto da mitose quanto da meiose, com atuação sobre núcleo, citoplasma, organelas e material genético.
Eventos que acontecem na prófase
O primeiro passo observado são as modificações nucleares, quando o núcleo se torna mais volumoso e a carioteca (envoltório nuclear) fica mais frágil que o normal. Nesse sentido,o núcleo da célula passa a ter um aspecto mais denso e é mais fácil para os cientistas observarem-no através de microscopia eletrônica.
A cromatina, local onde são armazenadas as informações genéticas, torna-se mais espiralizada, sob a ação de proteínas especializadas da prófase. Nesse sentido, um fio longo de informação nucleica é transformado em pequenos aglomerados cromossômicos.
Ao mesmo tempo, o nucléolo, importante organela na constituição ribossomal, desaparece. Perceba que, com a espiralização e condensação do material genético, não haverão mais informações necessárias para a síntese de RNA ou proteínas. Dessa forma, o nucléolo não terá mais uma função específica e pode se desintegrar.
Em relação ao citoplasma, podem ser notadas alterações em quase todas as organelas. Por exemplo, o centríolo é formado por microtúbulos de proteínas e permite a arquitetura citoplasmática, organizando a estrutura da célula.
Durante a prófase, esses centríolos são duplicados, para tornarem-se estruturas suporte para o citoplasma das células filhas que vão nascer dessa divisão celular. Em meio à mitose, essas organelas também são responsáveis por se posicionar em cada polo citoplasmático e formar o fuso mitótico, sistema que organiza os cromossomos para a separação genética.
Simultaneamente, observa-se uma desintegração marcante de organelas como os retículos endoplasmático liso e rugoso, além do complexo de Golgi. Estruturas celulares como cloroplastos e mitocôndrias, ambas participantes de teoria de surgimento endossimbionte, não são alteradas durante a prófase, no ciclo celular.
Mas, afinal, como toda essa informação genética pode ficar dispersa no citoplasma para que ocorra divisão celular? A verdade é que o núcleo das células eucariontes é envolto por uma camada de membrana chamada de carioteca, já mencionada anteriormente.
Nota-se que, durante a prófase, esse envoltório nuclear é rompido e forma várias vesículas, que se mantêm no citoplasma para originarem estruturas semelhantes ao final do processo, quando as duas células filhas se organizam.
Prófase da mitose e da meiose
A prófase é uma fase do ciclo celular que não apresenta muitas diferenças em relação aos dois tipos de divisão celular. Tanto na mitose quanto na meiose, as funções são semelhantes, quanto à formação das estruturas e preparação para os processos subsequentes.
Apesar disso, é importante ressaltar que a mitose é um processo contínuo finaliza todas as etapas com apenas uma divisão celular, gerando duas células filhas de características idênticas à original.
Do outro lado, a meiose é um processo reducional, que ocorre em células gaméticas e têm a função de reduzir a quantidade de carga genética em cada célula filha, propiciando a manutenção da quantidade de cromossomos na prole daquele indivíduo.
Devido a essa peculiaridade, a meiose possui duas fases de prófase. A prófase I e a prófase II, como veremos a seguir.
+ Veja também: Mitose e meiose: o que são, diferenças e importância
Prófase I
A primeira prófase pode ser subdividida em diferentes etapas. A primeira delas é o leptóteno, na qual é observada uma condensação crescente dos cromossomos, até que entra na segunda fase, o zigóteno.
O processo cromossômico que ocorre no zigóteno pode ser comparado a um zíper. As moléculas presentes entre os cromossomos e os estímulos da célula em divisão fazem com que os cromossomos homólogos se alinhem e formem uma estrutura de controle chamada de complexo sinaptonêmico.
Em seguida, a prófase I encaminha-se para a subfase paquíteno. Aqui, o grau de condensação dos cromossomos é bem mais evidente e, ao microscópio, é possível observar que cada cromossomo homólogo possui duas cromátides irmãs, somando um total de 4 cromátides.
No paquíteno da primeira prófase meiótica acontece o evento mais importante dessa divisão celular, em termos de variabilidade genética. É durante essa fase do ciclo que os cromossomos homólogos realizam a troca de informação genética, processo conhecido como crossing-over.
A pancement-75533f4f-9b56-49e0-88d1-f6b22665fe0f” class=”textannotation”>róxima etapa é o diplóteno, em que começa a separação entre os cromossomos homólogos. Por fim, a última fase da prófase I é a diacinese, quando o material genético fica ainda mais condensado do que nos níveis anteriores e o fuso de divisão começa a se formar.
Importância
Na espécie humana, os óvulos femininos não passam por uma completa divisão celular meiótica em primeiro momento. Durante o desenvolvimento embrionário, esses óvulos começam a divisão celular e se estacionam na prófase I, mais especificamente no diplóteno. Essa meiose só terá continuidade durante a puberdade, quando a liberação de hormônios sexuais reestimula esse processo.
Prófase II
As etapas da prófase II são extremamente semelhantes ao que foi mencionado no tópico anterior. A principal distinção é que não ocorre crossing over no paquíteno da prófase II — então, de certa forma, essa segunda ocorrência de prófase não é tão determinante em termos de variabilidade da informação genética.
+ Veja também: Bioquímica celular: o que é, organelas, metabolismo e mais
Questão de vestibular
(Acafe-SC) A sequência das subfases da prófase I é:
a) Leptóteno, diplóteno, paquíteno, zigóteno, diacinese.
b) Leptóteno, diplóteno, paquíteno, diacinese, zigóteno.
c) Leptóteno, zigóteno, paquíteno, diacinese, diplóteno.
d) Leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno, diacinese.
e) Leptóteno, paquíteno, zigóteno, diplóteno, diacinese.
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