O surgimento da Terra e a origem dos seres vivos é um tema intrigante que atravessa gerações humanas. Afinal, os seres humanos buscam utilizar a razão para compreender o universo, então, qual seria a resposta para a criação do planeta Terra e de todos os seres vivos que aqui existem?
Neste artigo, acompanhe a explicação científica mais aceita para o surgimento da Terra. Trata-se de uma teoria com pontos já comprovados em laboratório, enquanto outras partes não puderam ser reproduzidas ainda. A ciência está sempre em evolução e, pouco a pouco, novas informações são descobertas.
Além de entender a cronologia e eventos envolvidos no surgimento da Terra, veja mais informações sobre a estrutura interna do planeta Terra, sua relação com o tectonismo e os relevos encontrados nos continentes. Vamos lá?
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Como foi o surgimento da Terra
A teoria científica mais fundamentada e aceita atualmente propõe que há dezenas de bilhões de anos, o Sistema Solar era constituído apenas por minúsculas partículas de gases e poeira que, devido à diferença de massa, descreviam uma órbita ao redor do sol.
Esses materiais microscópicos surgiram a partir de um grande evento cósmico, que liberou muita energia. É o Big Bang, uma explosão de intensidade altíssima, que ocorreu há mais de 13 bilhões de anos.
A partir de então, esses pequenos fragmentos de matéria começaram a realizar interação: as massas maiores atraíam as menores — o conceito principal da força de atração gravitacional. Foi assim que os diferentes corpos espaciais se construíram, como os asteroides e até os planetas.
Início da Terra e resfriamento
Então, aproximadamente há 4 bilhões de anos, iniciou-se a história da Terra: durante muito tempo era apenas uma grande massa quente e aglomerada de partículas de tamanho microscópico. Mas, pouco a pouco, a quantidade de energia térmica armazenada diminuía na Terra, porque o sistema solar em si é um ambiente gelado.
O resfriamento do planeta Terra, desde seu surgimento, foi responsável pelo endurecimento de uma parte desses materiais, que começou da porção mais superficial da esfera. Esse é o ponto de partida para a constituição da crosta terrestre, uma camada de rocha fina que recobria o planeta primordial.
Pouco a pouco, os átomos que estavam dispersos por essa estrutura primitiva foram reorganizados devido às alterações de temperatura e pressão. Acredita-se que foi dessa maneira que nasceram as primeiras moléculas de água, em forma de vapor.
Precipitações e vida
Diante disso, o ciclo de evaporação e precipitação (chuva) começou desde esses tempos mais remotos. Pouco a pouco a água se derramava sobre o planeta Terra primitivo e aglomerados do líquido começaram a nascer: era o início dos oceanos, que ainda não eram profundos.
Esses corpos d’água foram essenciais para o surgimento da vida propriamente dita, porque foi neste ambiente que se formaram os primeiros seres vivos. A união de matérias, a presença de ácidos nucleicos e a fabricação de energia por processos bioquímicos foi o ponto de partida para os procariontes e depois os eucariontes, que se tornaram maiores aos poucos.
Diante do ambiente que estavam inseridos, a partir de informações genéticas e seleção natural imposta pelo meio, as estruturas dos seres vivos ficaram mais complexas. Segundo os pesquisadores, esse processo de transformação e desenvolvimento de espécies foi longo, de forma que a distância temporal entre os primeiros seres vivos e a espécie Homo sapiens é de mais de 3,1 bilhões de anos.
Estrutura interna da Terra
Desde o surgimento da Terra sua estrutura passou por modificações, até ao que conhecemos atualmente, que pode ser resumido em três camadas principais: crosta, manto e núcleo. Cada um deles pode, ainda, ser subdividido em outras partes, que são alvo de estudos de especialistas em todo o mundo.
A camada mais superficial é a crosta terrestre, local onde a vida se desenvolve. É aqui que estão as montanhas, planaltos, planícies, encostas, chapadas e quaisquer outros relevos. Em relação à dimensão do planeta, é uma camada fina que abriga tanto terras secas como todo o arcabouço que sustenta os corpos de água, como os rios e oceanos.
A próxima camada, de fora para dentro, é o manto terrestre. Trata-se de um espaço preenchido por um material viscoso e muito quente, conhecido como magma. Essa pasta pode se deslocar na estrutura da Terra, o que gera a movimentação das placas tectônicas, como pode ser expelido para a superfície da crosta, como acontece nos vulcões.
Por fim, a camada que fica no centro da esfera terrestre é o núcleo. É o material mais quente da estrutura, com cerca de 3 mil graus Celsius. Sua composição é dada por materiais de ferro e níquel, o que faz associação com a existência de um campo magnético terrestre, que permite a criação de bússolas, por exemplo.
Tectonismo e surgimento da Terra
Como você viu, o surgimento da Terra aconteceu de uma forma que existem diversas camadas com temperaturas e propriedades diferentes dentro do planeta. Nesse cenário, o magma torna-se um grande foco de estudo, devido a sua influência sobre as placas tectônicas.
Essas placas são grandes rochas que sustentam os oceanos e continentes em todo o globo terrestre, ficam apoiadas sobre o magma e podem ser deslocadas a partir dos movimentos magmáticos.
A forma como o material viscoso se movimenta permite que as placas se afastem ou se encontrem — esse é o ponto de partida para os terremotos que, atualmente, causam danos extensivos em várias localidades.
Por outro lado, esses movimentos tectônicos também foram importantes para a constituição do relevo terrestre. À medida que os choques acontecem ou que os vulcões entram em erupção, uma quantidade de magma se deposita na superfície e se solidifica, formando novas rochas.
Um exemplo clássico do tectonismo como formador de relevo são as montanhas do Himalaia, que nasceram a partir da colisão entre as placas Indiana e Eurasiática. À medida que esse choque ocorria, uma quantidade de magma foi expelida e endurecida, devido a diferença de temperatura imediata.
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