Função bijetora: conceito, gráfico, exemplos e questões

Função bijetora: conceito, gráfico, exemplos e questões

Uma função bijetora é uma ferramenta matemática que transforma cada elemento de um conjunto domínio A em um elemento diferente do conjunto contradomínio B. Conheça mais sobre o tema lendo este artigo. 

Serão abordadas as definições principais sobre função bijetora, com uma representação esquemática que facilita a compreensão. Além disso, explore exemplos e gráficos que demonstram esse tipo de cálculo, que costuma cair direta ou indiretamente em questões de vestibulares. Por falar nisso, não deixe de conferir a resolução de exercícios sobre o assunto!

Definição de função bijetora

A função bijetora é definida pela existência de um conjunto domínio X qualquer, que possui um número n de elementos. Depois do cálculo definido pela função, todos os n elementos se transformam em n diferentes valores, que estão contidos no conjunto contradomínio Y. 

Isso significa que cada elemento do conjunto X está relacionado com um elemento diferente do conjunto Y. No diagrama de venn abaixo, você pode observar que cada ponto em A possui apenas uma seta, relacionada com outro ponto de B, que também recebe apenas uma única flecha.

exemplo de função
Imagem: Reprodução/Wikimedia

Antes de prosseguir, vamos rememorar alguns conceitos essenciais para o completo entendimento do assunto.

+ Veja também: Conjuntos: como os números são agrupados e qual a importância

O que é função?

Uma função é um cálculo matemático que transforma elementos x, de um conjunto A, em resultados de valor y, presentes em outro conjunto numérico B. A notação matemática para isso é dada por f: A → B, e a função é definida por uma expressão algébrica, como em f(x)= ax+b.

Domínio e contradomínio

O domínio da função é o conjunto dos números reais que podem ser substituídos por x, de forma que o resultado cálculo seja real e válido. No caso de f: A → B,  o domínio é o conjunto A, de onde são extraídos os valores de x. 

Nesse mesmo sentido, o contradomínio é o conjunto de todos os resultados possíveis para aquele cálculo. Isso indica que, se todos os valores de x forem substituídos na equação, todos os resultados encontrados formam o contradomínio dessa função. No exemplo acima (f: A → B), o contradomínio é o conjunto B. 

Por que função bijetora?

O nome “bijetora” não existe à toa, na verdade ele indica que essa classificação abrange duas outras classes de funções, como pode-se notar com prefixo bi-. Essas outras divisões são injetora e sobrejetora, que estão resumidas abaixo.

A função injetora é aquela em que todo elemento x do domínio A é capaz de gerar resultados diferentes, contidos em B. Ao mesmo tempo, todos os valores obtidos pela função estão inseridos no contradomínio.

função bijetora: diagrama de venn
Imagem: Reprodução/Wikimedia

No diagrama apresentado acima, você pode perceber que cada elemento de X se conecta com um valor diferente em Y. Ao mesmo tempo, note que todos os resultados de f: X → Y estão contidos em Y.

Apesar disso, em uma função injetora, não é necessário que todos os elementos do contradomínio sejam obtidos como resposta. Por essa razão, o diagrama mostra o elemento C, que não é apontado por nenhuma seta.

funções
Imagem: Reprodução/Wikimedia

Já a função sobrejetora é aquela em que todos os elementos do contradomínio estão relacionados, obrigatoriamente, com algum elemento do domínio. De certa forma, não importa se um mesmo y se ligada a dois x diferentes, o importante é que o contradomínio está todo apontado por setas. 

Na imagem acima, os três elementos do conjunto B estão relacionados com X,Y, Z e W, independentemente de que X e Y resultam no mesmo valor (1).

Por fim, a questão é a que a função bijetora é exatamente a junção entre os conceitos de injeção e sobrejeção, ou seja: é um cálculo em que cada elemento do domínio se liga a um valor diferente do contradomínio, ao mesmo tempo em que todos os elementos do contradomínio estão ligados. 

Gráfico da função bijetora

Se na função bijetora cada valor de x se relaciona com apenas um y, o gráfico traçado no plano cartesiano deve possuir apenas uma ordenada (x,y) para cada x e para cada y. 

Para analisar essa informação, pode-se traçar várias retas paralelas ao eixo x. Todas devem cruzar o desenho da função em apenas um ponto. Caso uma mesma reta seja interceptada por duas porções diferentes de f(x), a função não será bijetora. Observe esses conceitos na imagem abaixo.

Exemplo de gráfico: função bijetora e não bijetora

Lembre-se que, apenas com o gráfico é possível fazer uma previsão sobre a classificação dessa função como bijetora. Mas a melhor maneira de dividir e interpretar gráficos é também analisar as leis de formações e cálculos envolvidos na construção do traçado.

Exemplo de função bijetora

Uma função claramente bijetora é f(x) = 5x, como a lei de formação indica a multiplicação de x, sabemos que não existem números diferentes que multiplicados por 5 resultem em valores iguais. Ao mesmo tempo, qualquer valor de x adicionado resultará em um y válido.

Imagem: Reprodução/© 2023 Calculadora online

No gráfico dessa função note que cada linha paralela se relaciona com apenas um ponto do traçado, o que reforça a ideia de que trata-se de uma função bijetora.

Questão sobre função bijetora

(ESA — Escola de Sargentos das Armas) Com relação às funções injetoras, sobrejetoras e bijetoras podemos afirmar que:

A) Se, é injetora e não é sobrejetora, então ela é bijetora.
B) Se, é sobrejetora, então ele é injetora.
C) Se, é injetora, e sobrejetora, então ele é bijetora.
D) Se, é injetora, então ele é sobrejetora
E) Se, é sobrejetora e não é injetora, então ela é bijetora

A é falsa porque uma função bijetora é, ao mesmo tempo, injetora e sobrejetora. 

B está errada porque uma função pode ser sobrejetora e não ser injetora.

C é a alternativa correta porque uma função bijetiva é sobrejetora e injetora, simultaneamente.

D é incorreta, já que uma função injetora não precisa, necessariamente, ser sobrejetora.

E não é verdadeira pois uma função bijetora é, obrigatoriamente, injetora e sobrejetora.

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