Friedrich Nietzsche nasceu em 1844, na Alemanha, e foi filósofo, crítico cultural e poeta, considerado um dos mais influentes da sua época. Seus livros criticam a moral, a religião e discutem a cultura contemporânea e a Filosofia, com o costume de utilizar metáforas, aforismos e ironias sempre que possível.
Tornou-se professor na Universidade da Basileia, na Suíça, com 24 anos de idade, sendo um conhecedor da literatura alemã contemporânea e da Grécia Clássica. Criticava o niilismo existencial e propôs um novo modelo de niilismo para a libertação dos homens.
Dentre os estudos do autor estão, portanto, a moral judaico-cristã, em que questiona sobre os ensinamentos religiosos, pontos vistos em obras como “O Nascimento da Tragédia”, “O Anticristo” e “Além do bem e do mal”.
Friedrich Nietzsche foi um filósofo que trouxe também outros diversos temas em suas obras como psicologia da religião, crítica da moralidade, desenvolvimento da ciência, as definições de um tipo de homem nobre e o perspectivismo.
Nietzsche escreveu também “Assim falou Zaratustra”, “Genealogia da Moral” e “Deus Está Morto”, entre outros. Como um defensor da ruptura de tradições e crenças socialmente impostas, várias das suas frases mais célebres cabem perfeitamente nos dias atuais e geram reflexões sobre o que é visto como moral e ética dentro de grupos extremistas e fundamentalistas, por exemplo.
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Citações de Friedrich Nietzsche
1 — “A moral não passa de uma interpretação – ou mais exatamente de uma falsa interpretação – de certos fenômenos.” — Crepúsculo dos Ídolos, 1888.
O nome da obra é uma paródia da ópera “Crepúsculo dos Deuses” de Wagner, em que Nietzsche ataca as ilusões metafísicas do ocidente, que seriam os “ídolos”, na perspectiva da moral cristã.
2 — “Em última análise, amam-se os nossos desejos, e não o objeto desses desejos.” — Além do bem e do mal, 1886.
O autor discorre sobre arte, sexualidade, psicologia da religião, com opiniões sobre personalidades artísticas e históricas. A obra traz motivos que tornaram Nietzsche um precursor de correntes como a filosofia analítica, a psicanálise e o existencialismo.
3 — “As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.” — Humano Demasiado Humano I, 1878.
A obra aborda moral, religião, política, metafísica, relações sociais, literatura, arte e amor, rompendo com o romantismo de Wagner e o pessimismo de Schopenhauer. Foi um fracasso de vendas no primeiro ano de publicação, mas se tornou um clássico ao passar dos anos.
4 — “Nos indivíduos, a loucura é algo raro — mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra.” — Além do bem e do mal, 1886.
5 — “Deus está morto.” — Assim Falou Zaratustra, 1883.
O romance filosófico usa o nome do sábio persa criador do zoroastrismo para abordar a necessidade do homem de se libertar de qualquer força que iniba ou limite sua vida ou suas vontades a partir da autossuperação.
6 — “A vantagem de uma memória ruim é poder desfrutar várias vezes as mesmas coisas boas como se fosse primeira vez.” — Humano Demasiado Humano I, 1878.
7 — “O que significa Niilismo? Que os valores supremos se desvalorizam.” — Fragmentos Póstumos, 1887.
Como dito no título, a obra traz trechos escritos por Nietzsche que não foram utilizados em suas obras, mas foram aproveitados após a morte do autor. Aborda principalmente os últimos cinco anos do período em que ele escreveu com lucidez.
8 — “Uma coisa é necessário ter: um espírito leve por natureza ou um espírito tornado leve pela arte e pela ciência.” — Humano Demasiado Humano I, 1878.
9 — “O que diz sua consciência? Torne-se aquilo que você é.” — A Gaia Ciência, 1882.
Teses como “a morte de Deus” e do “eterno retorno” são apresentadas em “A Gaia Ciência”, que reúne 383 textos, além de muitos poemas, abordando a moral, a arte, a teoria do conhecimento e a história como um todo.
10 — “A felicidade do homem que conhece aumenta a beleza do mundo e torna mais ensolarado tudo o que há; o conhecimento põe sua beleza não só em torno das coisas, mas, com o tempo, nas coisas; que a humanidade vindoura dê testemunho dessa afirmação!” — Aurora, 1881.
O livro conta com mais de 500 aforismos de tamanhos variados e descrevem a crítica do autor sobre a moral cristã e conceitos como alma, Deus, pecado, sujeito e livre-arbítrio, ficções ditas prejudiciais à vida, segundo o autor.
11 — “A chama não é tão luminosa para si como para as outras que ela ilumina: da mesma forma o sábio.” — Humano Demasiado Humano I, 1878.
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12 — “Muitos são obstinados no tocante ao caminho uma vez tomado, pouco no tocante aos objetivos.” — Humano Demasiado Humano I, 1878.
13 — “Todos vós, que amais o trabalho desenfreado (…), o vosso labor é maldição e desejo de esquecerdes quem sois.” — Assim Falou Zaratustra, 1883.
14 — “Quando uma religião começa a dominar, tem como adversários os que foram seus primeiros adeptos.” — Humano Demasiado Humano I, 1878.
15 — “O advento do deus cristão, o deus máximo até agora alcançado, trouxe também ao mundo o máximo de sentimento de culpa”, — Genealogia da Moral, 1887.
A obra conta com três ensaios que abordam a origem dos conceitos morais humanos, com perspectivas variadas. No livro há a crítica que aponta a evolução da ética como uma história da crueldade, e Nietzsche critica muitos dos temas citados acima no que para muitos é a obra prima do autor.
16 — “Quem luta contra monstros deve garantir que, no processo, ele não se torne um monstro. E se você olhar o suficiente para um abismo, o abismo voltará a olhar para você.” — Além do bem e do mal, 1886.
17 — “Não estou chateado porque você mentiu para mim. Estou chateado porque, a partir de agora, não posso mais acreditar em você.” — Além do bem e do mal, 1886.
18 — “O homem é definido como um ser que evolui, como o animal é imaturo por excelência.” — Assim Falou Zaratustra, 1883.
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19 — “A ciência inteira ganhou continuidade e estabilidade apenas quando a arte da boa leitura, isto é, a filologia, atingiu seu apogeu.” — Humano Demasiado Humano I, 1878.
20 — “O corpo flexível e convincente, o dançarino cujo símbolo e epítome é a alma que se compraz em si. O prazer consigo desses corpos e almas chama a si mesmo ‘virtude’.” — Assim Falou Zaratustra, 1883.
21 — “Não se odeia quando pouco se preza, odeia-se só o que está à nossa altura ou é superior a nós.” — Além do bem e do mal, 1886.
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