Frantz Fanon foi um médico, filósofo e revolucionário conhecido por suas análises sobre os impactos dos processos de colonização na mente humana, e por sua luta pela independência da Argélia, país que nem era sua terra natal.
A produção teórica de Fanon tem influências marxista, da psicanálise, do existencialismo e do existencialismo do filósofo Jean-Paul Sartre, e suas obras mais famosas são os livros “Pele negra, máscaras brancas”, de 1952, e “Os condenados da terra”, publicado em 1961.
Confira, a seguir, um pouco mais da vida do pensador e uma seleção de citações de sua autoria para usar como repertório na redação:
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Quem foi Frantz Fanon?
Nascido em 1925, na ilha Martinica, que apesar de localizada no Caribe é até hoje território da França, Frantz Omar Fanon veio de família de classe média e, por muito tempo, se considerou um cidadão francês.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), foi enviado à Europa para lutar no Exército Francês Livre e a partir dessa experiência passou a desenvolver suas ideias sobre racismo e colonialismo. Em 1951, se formou em Medicina e psiquiatria na Universidade de Lyon e durante a graduação escreveu o trabalho que mais tarde se transformaria no livro “Pele negra, máscaras brancas”.
Um ano mais tarde, o médico assumiu o Departamento de Psiquiatria do hospital de Blida-Joinville, na Argélia, outra colônia francesa, mas localizada no norte do continente africano. Lá, Fanon passou a integrar a Frente de Libertação Nacional (FLN), que lutava pela independência do país, conquistada em 1962, um ano após o psiquiatra falecer, vítima de leucemia, aos 36 anos.
Citações de Frantz Fanon
A seguir, conheça uma seleção de frases do psiquiatra, e seus respectivos contextos:
1 – “O que importa não é conhecer o mundo, mas mudá-lo”
A frase faz parte do livro “Pele negra, máscaras brancas”. Na obra, o médico aborda a construção da identidade de pessoas negras em períodos coloniais e pós-coloniais, e como o contexto impõe o sentimento de inferioridade à população negra.
2 – “Os oprimidos sempre acreditarão no pior sobre si mesmos”
A segunda citação é recorrente na produção de Frantz Fanon, e aparece em obras como “Pele negra, máscaras brancas” e “Os condenados da terra”. Na reflexão, Fanon chama a atenção para como as imposições das opressões tira dos oprimidos a possibilidade de autoconhecimento, o que reduz sua capacidade de libertação.
3 – “Oh, meu corpo, faça de mim um homem que sempre questiona”
De volta à obra “Pele negra, máscaras brancas”, a frase do psiquiatra aparece quase como uma prece, em um livro que trata da situação de pessoas negras sob a opressão colonialista, como o próprio Fanon foi.
4 – “A Europa é, literalmente, uma criação do Terceiro Mundo”
A citação faz parte do livro “Os condenados da terra”, e através dela Fanon aponta que a riqueza e o desenvolvimento do continente europeu foram construídos com base no colonialismo, na violência e exploração dos chamados países de Terceiro Mundo.
5 – “O imperialismo deixa para trás germes de podridão que devemos detectar e remover clinicamente da nossa terra, mas também das nossas mentes”
No capítulo final de “Os condenados da terra”, o psiquiatra apresenta a frase com a ideia de que a libertação do domínio colonial não deve se dar apenas na esfera política, mas, também, nas esferas psicológicas e culturais.
6 – “O famoso princípio que pretende que todos os homens sejam iguais, encontrará a sua ilustração nas colônias quando o colonizado estabeleça que é igual ao colono”
Ainda em “Os condenados da terra”, Fanon expõe que a ideia de “igualdade” defendida pelo colonizador exclui o colonizado. E que ao entender-se igual ao seu opressor, o oprimido não busca apenas igualdade, mas o fim da opressão.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, adotada em 1789, durante a Revolução Francesa, por exemplo, ilustra bem a ideia do psiquiatra, já que o documento não incluía mulheres, pessoas pobres e pessoas escravizadas.
7 – “O maniqueísmo do colono produz o maniqueísmo do colonizado”
O maniqueísmo é uma filosofia persa do século III que defende que a realidade é dividida entre dois poderes, o bem e o mau, que são opostos e inconciliáveis. Para Fanon, em “Os condenados da terra”, a violência colonial coloca o opressor em superioridade e o oprimido em posição subalterna, fazendo com que o colonizado reproduza o maniqueísmo, se entenda enquanto vítima, e se revolte.
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