Texto Expositivo: estrutura e exemplos

Texto Expositivo: estrutura e exemplos

Geralmente as aulas, seminários, palestras e congressos transmitem um conhecimento e demonstram sua aplicação no dia a dia. Para isso, a fala e o texto expositivo são ferramentas essenciais, pois permitem apresentar os conceitos aos ouvintes.

Nos vestibulares, esse tipo textual aparece tanto em questões alternativas e discursivas, bem como podem ser requeridos nas propostas de redação. Buscando te ajudar no entendimento do assunto, construímos um resumo com as principais características e definições de um texto expositivo.

O que é um texto expositivo?

O texto expositivo, como explica o nome, tem a função de veicular uma informação com clareza e precisão. Com os dados fornecidos no escrito, o leitor pode compreender o assunto e interpretá-lo, conforme a necessidade do contexto. 

Como citado anteriormente, as aulas são grandes exemplos de aplicação desse tipo textual: o professor introduz matérias e conceitos novos ao aluno de maneira clara, de forma que o estudante possa compreender o assunto.

Outro importante modelo de exposição são os artigos científicos e trabalhos acadêmicos: os responsáveis pela pesquisa transmitem seu conhecimento acerca do tema, com uso de argumentos de autoridade e dados que embasam suas afirmações. 

Ah, você sabia que este resumo é um texto expositivo? Sim! A forma como a explicação é fornecida para te apresentar e te aprofundar nos conceitos, além da organização dos parágrafos de forma lógica, indica que o artigo foi pensado para expor as ideias de maneira coerente!

Inscreva-se em nossa newsletter🦉

Receba dicas de estudo gratuitas e saiba em primeira mão as novidades sobre o Enem, Sisu, Encceja, Fuvest e outros vestibulares!

Características do texto expositivo

No texto expositivo, existem duas personagens linguísticas mais importantes: o emissor, aquele que transmite a mensagem, e o receptor, sujeito que recebe a mensagem.

Para que esses dois sujeitos estejam interligados na comunicação, é necessário que o locutor entenda o contexto e necessidade do interlocutor: isso fortalece a relação entre eles.

Para isso, o escritor do texto expositivo deve ter um conhecimento prévio sobre assunto, mesmo que não seja especialista nele. Ou seja, é importante que ocorram pesquisas e embasamento antes de fornecer informações ao receptor.

Além disso, é essencial que o emissor esteja ciente do público que receberá suas informações e adapte seu texto ao contexto exigido — isso fortalece o relacionamento entre os dois agentes da situação.

Por exemplo, a forma como a biologia celular é apresentada para alunos do ensino fundamental II precisa ser diferente do modo como esse mesmo tema é direcionado aos alunos da graduação em Biologia. 

Por sua vez, o receptor é responsável por receber os dados, com a opção de concordar ou não com eles. Isso permite que ele absorva, debata ou simplesmente descarte as ideias obtidas no texto expositivo.

A estrutura em que o material é fornecido pode variar, mas é comum que apareçam arranjos como conceituação e descrição do conteúdo, definições sobre os temas,  enumeração de dados que fortaleçam as ideias, comparação entre diferentes argumentos, entre outras formas de expor os elementos. 

Tipos de texto expositivo

Tipo informativo

Nesse tipo textual, os dados são organizados de maneira impessoal e objetiva, pois o único interesse do emissor é informar sobre algo. Por essa razão, a neutralidade e a não defesa da opinião é uma forte característica do texto expositivo informativo.

Exemplo: “A cidade de Jururupá apresentou grande número de feminicídio no ano de 2015. A partir do número de habitantes no município, viu-se que pelo menos 10% das mulheres foram vítimas de agressão ou tentativa de feminicídio.”

(a cidade e os números inseridos são hipotéticos, com intuito didático para este resumo)

Perceba que os números são colocados de maneira corrida e sem juízo de valor, o que informa o leitor sem adicionar subjetividade ao contexto. Muitas vezes, essa classificação textual aparece nos meios jornalísticos. 

Tipo argumentativo

Por sua vez, o texto expositivo argumentativo possui maior preocupação em convencer o leitor sobre um ponto de vista. Dessa forma, são apresentados dados que buscam conceituar e embasar a opinião do emissor. 

Veja no exemplo: “Mais um acidente aconteceu na rua João Rotearador, na cidade de Jururupá. Moradores alegam que a avenida possui uma estrutura debilitada, o que ocasiona acidentes diariamente na região. O engenheiro de trânsito, Pedro Urbanístico, afirma que a situação do asfalto, a falta de placas de sinalização e a precariedade dos semáforos contribuem diretamente para tais acontecimentos.”

(a cidade, os acontecimentos e os números inseridos são hipotéticos, com intuito didático para este resumo)

Note que o engenheiro aparece como um argumento de autoridade, que busca convencer o leitor de que a precariedade nos cuidados com a cidade está relacionada com o aumento do número de acidentes na rua referida. 

Veja também estrutura e exemplos de texto dissertativo.

Questões de Texto expositivo

Depois de conhecer as principais características do texto expositivo, é importante reconhecê-los nos enunciados de vestibular e estar atento à pergunta feita na questão. No exemplo abaixo, a Coruja desenvolveu um raciocínio sobre um exercício que apareceu no Enem, em 2013.

Na verdade, o que se chama genericamente de índios é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, falam mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos possui diferentes histórias, lendas, tradições, conceitos e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades apresentam a profunda comunhão com o ambiente em que vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a preocupação com as futuras gerações, e o senso de que a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são indispensáveis para construir qualquer noção moderna de civilização. Os verdadeiros representantes do atraso no nosso país não são os índios, mas aqueles que se pautam por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”.

AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: www.outraspalavras.net. Acesso em: 7 dez. 2012.

Considerando-se as informações abordadas no texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como objetivo principal

a) expor as características comuns entre os povos indígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas.
b) trazer uma abordagem inédita sobre os povos indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido como especialista no assunto.
c) mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão com a natureza, e, por isso, sugerir que se deve respeitar o meio ambiente e esses povos.
d) usar a conhecida oposição entre moderno e antigo como uma forma de respeitar a maneira ultrapassada como vivem os povos indígenas em diferentes regiões do Brasil.
e) apresentar informações pouco divulgadas a respeito dos indígenas no Brasil, para defender o caráter desses povos como civilizações, em contraposição a visões preconcebidas.

Perceba que o autor utiliza o texto para descrever e expor as características dos povos indígenas, a partir de um olhar mais específico,que ultrapassa as visões preconcebidas sobre essa população. Além disso, ele tem como grande enfoque defender a civilização indígena e fornecer informações pouco divulgadas a respeito deles. Por isso, a alternativa correta é a letra E. 

Aprenda mais sobre textos para o Enem

Quer aprender mais sobre texto expositivo, gêneros textuais e interpretação de texto? Inscreva-se no canal do Estratégia Vestibulares do youtube, lá você encontra aulas expositivas, didáticas e objetivas sobre os principais assuntos das provas. Assista:

Para treinar seu conhecimento sobre interpretação e compreensão de textos expositivos, conheça o banco de questões do Estratégia Vestibulares: milhares de exercícios e resoluções a um clique de seu alcance. Clique no banner abaixo e confira!

CTA curso Enem

Veja também:

Você pode gostar também