23 questões que citam ou falam sobre música no Enem e vestibulares

23 questões que citam ou falam sobre música no Enem e vestibulares

Tem muita gente, muito ritmo e muito conhecimento: prepare sua melhor playlist e acompanhe a lista abaixo

Os vestibulares costumam usar músicas como pano de fundo de diversas questões, sejam elas históricas, sociais ou mesmo exatas. Além disso, diversas bancas pedem álbuns e canções como obras obrigatórias literárias, o que amplia a presença musical nos processos seletivos.

Se você tem alguma dúvida sobre como as questões com músicas ou sobre elas caem nos vestibulares e no Enem, confira abaixo perguntas que já apareceram em anos recentes e que envolvam a temática.

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Cesupa (2013)

Leia o trecho da música abaixo e responda à questão proposta. 

 “Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento 
No sol de quase dezembro 
Eu vou… 

O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou…”

(Trecho da música “Alegria, alegria” de Caetano Veloso. Música composta para o festival da Record de 1967. http://rollingstone.uol.com.br/galeria/as-100-maiores-musicas-brasileiras/#imagem0). 

 A letra da música acima exprime o nascimento de um novo movimento musical chamado de Tropicalismo. A música e o movimento tropicalista tinham como alvo de luta e objetivo: 

A destruir a ditadura militar, por ar (espaçonaves) ou por terra (guerrilha), lutando de sol a sol e mesmo cometendo crimes. 
B lutar contra a ditadura (contra o vento) e pregar a liberdade de expressão e de ir e vir, sem crimes, guerrilheiros, fronteiras ou documentos de identificação.  
C exaltar a beleza e a liberdade estrangeira (na figura libertária de Cláudia Cardinalli) e denunciar da situação “feia” da ditadura militar no Brasil. 
D destruir as bandeiras políticas (lenços) e acabar com os documentos de identificação social, pregando a criação de uma sociedade alternativa, anarquista e guerrilheira. 

Alternativa correta: B

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Unicentro (2023)

Música é uma das linguagens artísticas mais populares existente na cultura de um povo. Na combinação de ______, ______, ______, ______, ______ e outros elementos, ela traz a manifestação artística e cultural de cada região. O ritmo é um elemento da música. É algo que pode ser importante para identificar o estilo musical e identificar a qual gênero ele pertence. O gênero musical pode variar de acordo com cada civilização, povo e cultura. 

Com base nos conhecimentos sobre música e seus elementos, assinale a alternativa que preencha, correta e respectivamente, as lacunas do enunciado.

A duração, movimento, linhas, forma, ritmo
B equilíbrio, cor, ritmo, textura, movimento
C ritmo, harmonia, sons, silêncio, melodia
D sons, perspectiva, equilíbrio, volume, espaço
E timbre, composição, altura, volume, cor

Alternativa correta: C

UFPR (2022)

“A partir de fins de 1965, concorrendo já no mercado das cidades com o novo estilo musical internacionalizado pelos Beatles (em Janeiro de 1966 era lançado no Brasil o filme A Hard Day’s Night, sob o título de Os Reis do lê-lê-lê), os componentes da segunda geração da bossa nova – Edu Lobo, Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda, principalmente – lançam através de festivais de música popular os primeiros produtos bem-sucedidos da nova fase sem quase mais nada de bossa nova”.

(Tinhorão, José Ramos. História Social da Música Popular Brasileira. São Paulo: Editora 34, 1998. p. 316.)

A partir do trecho acima, e considerando os conhecimentos sobre música popular brasileira, assinale a alternativa correta.

A A música dos Beatles definiu o estilo da música de Geraldo Vandré.
B Os festivais de música popular dos anos 60, no Brasil, foram a principal vitrine de estilos musicais internacionais entre a juventude brasileira.
C Chico Buarque de Holanda foi o principal influenciador do movimento da jovem-guarda, no Brasil, também conhecida como lê-lê-lê.
D Uma nova fase da música popular brasileira se instalava em meados de 1966, aproximando-se conscientemente da cultura de massa.
E A bossa nova foi um movimento musical brasileiro de caráter estritamente nacionalista e de oposição à música internacional.

Alternativa correta: D

UFJF (2019) Discursiva

Leia os textos abaixo: 

“60 por cento dos jovens de periferia sem antecedentes criminais já sofreram violência policial
A cada quatro pessoas mortas pela polícia, três são negras
Nas universidades brasileiras apenas 2 por cento dos alunos são negros
A cada quatro horas um jovem negro morre violentamente em São Paulo
Aqui quem fala é Primo Preto, mais um sobrevivente”
(Mano Brown)

“Minha intenção é ruim…
esvazia o lugar
Eu tô em cima, eu tô a fim…
um dois pra atirar
Eu sou bem pior do que você tá vendo
O preto aqui não tem dó…
é 100 por cento veneno […]
Violentamente pacífico, verídico
Vim pra sabotar seu raciocínio
Vim pra abalar seu sistema nervoso e sanguíneo”
(Racionais MC. Sobrevivendo no inferno, 1997.)

“Peguei um balaio fui na feira
Roubar tomate e cebola
Ia passando uma véia
Pegou a minha cenoura
“Ae minha véia
Deixa a cenoura aqui”
“Com a barriga vazia
não consigo dormir”
E com o bucho mais cheio
Comecei a pensar
Que eu me organizando
Posso desorganizar
Que eu desorganizando
Posso me organizar
Da lama ao caos
Do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana
(Chico Science e Nação Zumbi. Da lama ao caos, 1994.)

Além de lutarem permanentemente contra distintas formas de preconceito, discriminação social e até mesmo criminalização, movimentos culturais como Manguebeat, Rap, Hip-hop e batuques podem ser vistos como importantes manifestações de valorização de uma cultura existente na periferia das grandes cidades, por meio da poesia, da música e da rima. Recentemente, essa força na música contemporânea brasileira voltou a ser destaque com o grupo Racionais MC, que comemora, em 2018, os vinte e um anos de lançamento de seu álbum Sobrevivendo no inferno (1997). Este álbum foi aclamado pela crítica musical como um dos mais importantes da música brasileira no século XX.

Levando em consideração os textos acima, responda:

A) Indique UMA problemática social contemporânea revelada pelas poesias de Chico Science e Racionais MC. 

B) Como se pode explicar, compreendendo-se as mudanças históricas processadas ao longo das últimas três décadas, a emergência de tais movimentos culturais?

UFMS (2018)

Leia o texto a seguir.

“O clipe de “Vai, malandra”, nova música da cantora carioca Anitta, foi lançado no YouTube na segunda-feira, dia 18 de dezembro, às 11 horas. Em 24 horas, teve 14 milhões de visualizações – foi o clipe brasileiro mais visto no dia em que foi lançado e o que ultrapassou a marca de 1 milhão de curtidas mais rapidamente. No Spotify, plataforma de streaming de músicas, o funk alcançou, na quarta-feira, dia 20, a 18ª posição da lista mundial de músicas mais tocadas. Foi a primeira vez que um artista brasileiro ficou no top 20. Estatísticas e recordes que compõe a curva do efeito Anitta em 2017.

A estética de “Vai, malandra” é toda celebração das comunidades cariocas. Anitta é da periferia, de Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio. Anitta do funk foi lançada pelo Furacão 2000 sete anos atrás. Anitta é do rebolado, sempre usou seu talento de dançarina para promover seu trabalho como cantora. Não surpreende que ela tenha escolhido honrar essas três características no xeque-mate de sua estratégia de marketing. A cantora defende com afinco, dentro de suas limitações, o feminismo, o poder das mulheres, a diversidade.”

TAVARES, Flávia. Personagem do ano. Revista Época, n. 1018, 25-12-2017, p. 22.

O fenômeno musical Anitta apresenta em sua música funk temáticas bastante debatidas na contemporaneidade. De acordo com o texto, as músicas da cantora brasileira podem ser entendidas como:

A uma porta-voz da luta pelo direito à terra, ao trabalho e à família brasileira.
B uma interlocutora brasileira pelos direitos aos refugiados e aos imigrantes ilegais em países em guerra.
C a luta de classes emoldurada pelo funk, apresentada por meio da legitimação dos trabalhadores ilegais do subúrbio carioca.
D o grito da cultura pop pelo reconhecimento e pela demarcação das terras indígenas brasileiras e o reconhecimento da história da população negra no Brasil.
E uma apresentadora da cultura do subúrbio carioca e o reconhecimento da mulher na sociedade.

Resposta: A perspectiva sociológica de Anitta pode ser verificada, primeiro, na identidade social da cantora com a periferia, elemento expresso na estética é dotada de celebração das comunidades. Depois, com o que Flávia Tavares diz: “A cantora defende com afinco, dentro de suas limitações, o feminismo, o poder das mulheres, a diversidade”. Ou seja, a cantora incorpora temas importantes que, em muitos sentidos, contradize lógicas social e culturalmente dominantes, como: machismo e violência contra mulher; empoderamento feminino; empreendedorismo social; possibilidade de ascensão social; valorização da periferia; etc. É diante desses elementos que podemos passar para as alternativas.

Alternativa correta: E

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FGV (2018)

Nos últimos anos, o mercado musical foi impactado pelo aumento do streaming, que garantiu menor incidência de pirataria e permitiu ampliar a arrecadação de artistas, gravadoras e distribuidoras. Segundo pesquisas recentes, o Spotify teria rendido US$ 5 bilhões para a indústria musical desde a sua criação, em 2008. Mais do que uma revolução no mercado da música, o streaming introduziu uma série de rupturas e mudanças no comportamento social.

A respeito das mudanças comportamentais decorrentes da “revolução do streaming”, assinale V para a afirmação verdadeira e F para a falsa.

(  ) A indústria fonográfica reassumiu o controle do mercado da música, criando as playlists de sucesso das rádios e TVs.
(  ) O streaming permitiu aos usuários acessar músicas que expressem sua identidade ou seu estado de espírito.
(  ) A conexão entre os usuários criou bibliotecas musicais em constante transformação, personalizando sugestões.

As afirmações são, respectivamente,

A F – V – F.
B F – V – V.
C V – F – F.
D V – V -F.
E F – F – V.

Alternativa correta: B

Famerp (2022)

Considere o trecho da música “De mais ninguém”, de Arnaldo Antunes e Marisa Monte.

“… É o meu lençol, é o cobertor
É o que me aquece sem me dar calor…”

Do ponto de vista da termodinâmica e considerando que o termo “me aquece” corresponda a “manter aquecido”, pode-se dizer que esse trecho da música está

A correto, pois a utilização de cobertores e lençóis faz com que a capacidade térmica do corpo humano aumente, aumentando a temperatura do corpo.
B incorreto, pois a utilização de cobertores e lençóis faz com que a capacidade térmica do corpo humano diminua, diminuindo a temperatura do corpo.
C incorreto, pois a utilização de cobertores e lençóis faz com que o calor específico do corpo humano diminua, diminuindo a temperatura do corpo.
D correto, pois cobertores e lençóis são fontes de calor que podem aquecer o corpo humano.
E correto, pois cobertores e lençóis funcionam como isolantes térmicos que dificultam a perda de calor do corpo humano para o ambiente.

Alternativa correta: E

Uece (2006)

Em que trecho da música popular brasileira encontra-se a temática desse texto de Drummond?

A “Ando devagar porque já tive pressa e levo este sorriso porque já chorei demais” (Almir Sater).
B “Viver e não ter a vergonha de ser feliz e cantar (…) a beleza de ser um eterno aprendiz” (Gonzaguinha).
C “Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais, braços dados ou não” (Geraldo Vandré).
D “Queria ter amado mais, ter chorado mais, (…) ter aceitado as pessoas como elas são, cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração” (Titãs).

Alternativa correta: C

UEA (2016)

Enquanto Bob Dylan promovia suas revoluções musicais na turbulenta democracia americana dos anos 60 e 70, o Brasil, sob a ditadura militar, testemunhava uma eclosão de criatividade até hoje inigualada em sua música popular. A figura do cantor-autor tomou lugar central na cultura nacional, em grande parte graças ao talento de Chico Buarque. Como no caso de Dylan, seu nome ficou associado à canção de protesto.

(Sérgio Martins. “Planeta a ser explorado”. Veja, 19.10.2016.)

O excerto alude à cultura da música popular nos Estados Unidos e no Brasil. Apesar das diferenças políticas assinaladas, é correto afirmar que os dois artistas

A opuseram-se ao emprego de instrumentos musicais eletrônicos, procurando manter intacta a antiga cultura musical das periferias urbanas.
B foram fenômenos da cultura do entretenimento de massa, adaptando-se ao gosto artístico das multidões despolitizadas. 
C compuseram baladas românticas para o público jovem, buscando o sucesso comercial por meio da venda de discos.
D exprimiram questões historicamente relevantes de suas épocas, incorporando ritmos tradicionais e populares de seus meios sociais.
E deram ênfase aos aspectos sonoros das canções, diminuindo a qualidade literária de suas letras. 

Resposta: Essa questão envolve a temática histórica e a cultura, mais especificamente a da música. Nesse sentido, os anos 60 foram anos muito difíceis tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos. E a música em ambos os países, eram formas de expressão muito recorridos pelos cantores para mostrar suas opiniões políticas e suas críticas aos governos que estavam em seus países.
Aqui, em 1968, por exemplo, após um episódio chamado de “Tarde do Calabouço”, quando o estudante Edson Luís de Lima Souto (18 anos) foi assassinado pela polícia, durante uma manifestação no Rio de Janeiro, em resposta, 100 mil pessoas ocuparam as ruas, entre eles Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque. Essa manifestação ficou conhecida como Manifestação dos 100 Mil.

Foi nesse momento que ganharam fôlego as canções de protesto, como a música “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré e “Apesar de Você”, de Chico Buarque (as peças de teatro e os famosos Festivais da Canção, ocorridos entre 1965 e 1972 se tornaram espaços políticos, de alguns artistas, como os do movimento Tropicália, que usavam metáforas para criticar a Ditadura).
Já Dylan, vivia nos EUA um momento em que o país passava por importantes mudanças em sua sociedade, com o fim das leis segregacionistas raciais e a forte crescente do movimento contrário à Guerra do Vietnã, que estava matando milhares de americanos. Então, a música foi um instrumento utilizado por ambos os artistas para exprimir questões históricas da sociedade e para contagiar mais pessoas nas causas sociais de suas nações.

Alternativa correta: D

UEL (2011)

É precisamente nos ritmos e nas melodias que nos deparamos com as imitações mais perfeitas da verdadeira natureza da cólera e da mansidão, e também da coragem e da temperança, e de todos os seus opostos e outras disposições morais (a prática prova-o bem, visto que o nosso estado de espírito se altera consoante a música que escutamos).

(Aristóteles. Política. Ed: bilíngue. Trad. A. C. Amaral e C. C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998. Livro VIII, p. 579.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a música e a teoria política de Aristóteles, considere as afirmativas a seguir.

I. A música pode incitar um certo estado de espírito, por isso deve-se escolher aquela que forme bem o caráter do cidadão.
II. A música, por ter ritmo e melodia, incita paixões e mesmo qualidades éticas, sendo desnecessário cuidar de sua escolha.
III. A música é a arte que melhor imita paixões e qualidades éticas, por isso ela é importante para a formação do cidadão.

IV. A música incita a formação das virtudes e deve também ser estendida aos estratos inferiores da sociedade.

Assinale a alternativa correta.

A Somente as afirmativas I e II são corretas.
B Somente as afirmativas I e III são corretas.
C Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
E Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Alternativa correta: B

IFPR (2014)

Um metrônomo é um relógio utilizado para marcar tempos musicais e dar ritmo à música. Suponha que um metrônomo seja ajustado para marcar 30 batidas por minuto. Para que um pêndulo simples possua a mesma frequência de oscilação desse metrônomo, o seu comprimento deverá ser de:

(Considere g=10 m/s² e π=3)

A 8/9 m.
B 9/8 m.
C 10/9 m.
D 9/10 m.
E 11/9 m.

Alternativa correta: C

Uneb (2019)

Texto 1
“Lutou contra a existência num humilde barracão 
Joana de tal, por causa de um tal joão.
Depois de medicada, retirou-se pro seu lar 
Aí a notícia carece de exatidão.
O lar não existe,
Ninguém volta ao que acabou.
Joana é mais uma mulata triste que errou, 
Errou na dose, errou no amor,
Joana errou de João. 
Ninguém notou, Ninguém morou
Na dor que era o seu mal,
A dor da gente não sai no jornal.

HOLANDA. Chico Buarque de. Notícia de Jornal. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/chico-buarque/noticia-de- jornal.html>. Acesso em: 14 nov. 2018.

Texto 2
“Sabe que Odilon – e se não mudou inteiramente – examinar-lhe-á o rosto com atenção a observar todos os detalhes.”
“Depois, o prédio magro de três andares na ruazinha de ladeira, no Rio Vermelho, onde permaneceria os últimos quinze anos ao lado do mar e de Geraldo.”

FILHO, Adonias. O Largo Branco. Largo da Palma. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. p. 32-35.

O texto de Chico Buarque, Notícia de Jornal, mantém uma relação de intertextualidade com o conto “O Largo de Branco”, da obra de Adonias Filho, O Largo da Palma.

Baseando-se na narrativa do conto e na canção, é correto afirmar:

A A história de Joana, personagem da música de Chico, ilustra bem a relação entre Eliane e Geraldo, comprovando-se, dessa forma, a intertextualidade temática.
B No poema de Chico, encontra-se um retrato da relação entre Eliane e Odilon, homem ardiloso que a explora financeiramente, configurando-se, assim, a intertextualidade em nível semântico.
C A música de Chico apresenta uma verossimilhança de estilo com o conto “O Largo de Branco”, estabelecendo uma intertextualidade contextual-histórica.
D No que concerne à forma, há uma identidade entre os textos, isso configura também uma relação de intertextualidade.
E A intertextualidade pode ser comprovada na medida em que os textos são engajados e apresentam crítica social e a mesma tipologia narrativa.

Alternativa correta: A

Unitau (2012)

O movimento tropicalista, que surgiu nos anos 60, apresentou uma proposta mais ampla para as artes brasileiras e representou um contraponto à Jovem Guarda. Sobre o Tropicalismo, podemos afirmar:

I- Muitas das músicas desse movimento eram versões de sucesso do rock n’ roll e, assim como a “beatlemania”, tornou-se uma febre para a juventude brasileira das décadas de 1960 e de 1970. II- Torquato Neto, Tom Zé, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram seus principais representantes na música.
III- Não se limitou à música. Glauber Rocha, por exemplo, com Terra em Transe, mostrou a proposta tropicalista para o cinema brasileiro.
IV- Caetano Veloso, Chico Buarque, Geraldo Vandré e Arrigo Barnabé foram seus representantes, e recusaram enfaticamente qualquer ligação com o movimento modernista, não tendo assim, nenhum caráter antropofágico.

São CORRETAS somente as afirmativas:

A I, II e III
B I, III e IV
C I e IV
D II e III
E II e IV

Alternativa correta: D

Uerj (2014)

La música ha servido tanto de instrumento para la afirmación ciudadana de las clases obreras y medias, como para la formulación de las políticas disciplinarias y represivas del Estado. (l. 2-3)

En esa afirmación, el autor aclara que la música fue utilizada en Brasil con diferentes objetivos a lo largo del tiempo.

De acuerdo con el texto, el uso disciplinario de la música se pudo presenciar en el siguiente periodo:

A las dos primeras décadas del siglo XX, (l. 16-17)
B Los años treinta y cuarenta, (l. 19)
C los años setenta. (l. 26)
D los años noventa, (l. 34)

Alternativa correta: B

Unicamp (2022) Discursiva

O excerto a seguir é da música Ismália, do artista Emicida, e é cantada no documentário AmarElo – é tudo pra ontem. O trecho remete à chacina de Costa Barros, no Rio de Janeiro, em 2016. 

Em participação especial, Fernanda Montenegro declama o poema Ismália, de Alphonsus de Guimaraens (1870-1894), inserido na música do rapper.

Emicida:
“Cinco vida interrompida
Moleques de ouro e bronze
Tiros e tiros e tiros
O menino levou 111

Quem disparou usava farda
(Ismália)
Quem te acusou nem lá num tava
(Ismália)
É a desunião dos preto junto à visão sagaz
(Ismália)
De quem tem tudo, menos cor,
onde a cor importa demais

Fernanda Montenegro:
“Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu, 
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu, 
Queria descer ao mar…

E, num desvario seu,
Na torre, pôs-se a cantar… 
Estava perto do céu, 
Estava longe do mar…

E, como um anjo pendeu 
As asas para voar…
Queria a lua do céu, 
Queria a lua do mar…

As asas que Deus lhe deu 
Ruflaram de par em par… 
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…”

Emicida:
“Olhei no espelho, Ícaro* me encarou:
“Cuidado, não voa tão perto do sol
Eles num guenta te ver livre,
imagina te ver rei”
O abutre quer te ver no lixo pra dizer:
“Ó, num falei?!”
No fim das conta é tudo Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
Ter pele escura é ser Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
(Terminou no chão)

*No mito grego, Ícaro e Dédalo ficaram presos num labirinto, então construíram asas artificiais com cera e penas para fugirem voando. Dédalo alertou o filho para não voar perto do Sol, pois a cera poderia derreter; nem perto do mar, o que deixaria suas asas pesadas, fazendo-o cair. Ícaro não ouviu o conselho do pai e morreu no mar.

a) Quem são as “Ismálias” na música de Emicida? Transcreva dois versos desse rap que justifiquem a sua resposta.
b) O excerto traz imagens simbólicas do voo. Explique o conselho de Ícaro na música, considerando o poema declamado e a denúncia de Emicida nesse rap.

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UFJF (2012)

O texto a seguir é a letra de uma canção de autoria do compositor Caetano Veloso, gravada pela cantora Gal Costa, num CD lançado em 2011.

TEXTO I
Sexo e Dinheiro
Sexo e dinheiro são
Metros do nosso egoísmo
Embora os dois tenham
Bem pouco mais em comum
Veja os que dizem ser
Guias espirituais
Usam nosso temor
Para ter um ou outro ou os dois
Dinheiro e sexo são
Mera ilusão para tais
Cães

Dinheiro e sexo são
Espíritos desiguais
Mas desempenham funções
Nos limites finais
No meio a vida se dá
Entre as coisas reais
Dinheiro e sexo não
Podem cruzar-se jamais
Sexo e dinheiro são
Formas de libertação
Mas…

Dinheiro é uma abstração
Sexo é uma concreção: luz
Instância díspar sem
Denominador comum
Mas ambos fazem-nos ser
Seres de base igual
Um no começo
E outro no fim: ninguém é normal
Cantemos seus nomes
E nos livremos do seu
Mal
(VELOSO, Caetano. In: COSTA, Gal. Recanto . CD . Universal Music , 2011)

Releia a segunda estrofe e indique qual é a antítese que melhor apresenta o sentido da expressão “limites finais”:

A prazer e dor.
B nascimento e morte.
C esperança e medo.
D realidade e sonho.
E compra e venda.

Alternativa correta: D

+ 15 músicas cantadas por Gal Costa que podem ser usadas como repertório sociocultural

Unaerp (2022)

Disponível em: <https://www.ifes.edu.br/images/stories/files/estude_aqui/_2019/2019-01/audiodescricao-concomitanteintegrado.pdf>. Acesso em: mar. 2021. 

Assinale a opção que expressa a crítica apresentada na tirinha.

A “Antes mundo era pequeno
porque terra era grande
Hoje mundo é muito grande
porque terra é pequena
do tamanho da antena parabolicamará…” (Gilberto Gil)
B  “Você não sente nem vê
mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
que uma nova mudança em breve vai acontecer.
E o que há algum tempo era jovem, novo
hoje é antigo, e precisamos todos rejuvenescer…” (Belchior)
C “Eles querem te vender, eles querem te comprar
querem te matar a sede, eles querem te sedar.
Quem são eles? Quem eles pensam que são?” (Engenheiros do Hawaii)
D “Enquanto os homens exercem seus podres poderes
morrer e matar de fome, de raiva, de sede
são tantas vezes gestos naturais…” (Caetano Veloso)
E “Aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação
Não temos perspectiva mas o vento nos dá a direção
A vida que vai à deriva é a nossa condução
Mas não seguimos à toa…” (Arnaldo Antunes)

Alternativa correta: C

Uerj (2014)

A lei que transforma o funk em patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro foi aprovada em 2009. A principal razão para esse reconhecimento legal está associada à política de:

A defesa de ritmos brasileiros
B inclusão de grupos políticos
C projeção de jovens intérpretes
D valorização de manifestações populares

Alternativa correta: D

Cesupa (2018)

A música não tem gênero,
Mas não se importa
Com o gênero de ninguém.
A música não escolhe

Quem escuta pela cor da pele
Nem pelo corte de cabelo.
A música fala todas as línguas.
A música não julga,
Não condena, a música acolhe,
A música aceita.

Se você parar para ver,
A música é tudo o que
O mundo deveria ser.
O que o mundo separa,
A música aproxima.

(propaganda Itaú/ “Rock in Rio”, Época, setembro- 2017)

Segundo o texto, a música paira sobre as causas dos conflitos entre os homens, tais sejam:

1. Homofobia
2. Racismo
3. Rivalidade
4. Preconceito linguístico
5. Prepotência

(   ) “A música não escolhe quem escuta pela cor da pele”;
(   ) “A música fala todas as línguas”.
(   ) “A música não tem gênero, mas não se importa com o gênero de ninguém”.
(   ) “A música não julga, não condena, a música acolhe, a música aceita”.
(   ) “O que o mundo separa, a música aproxima”.

Relacione corretamente, em seguida marque a alternativa correspondente:

A 2, 5, 1, 4, 3
B 2, 4, 1, 3, 5
C 2, 3, 1, 4, 5
D 2, 4, 1, 5, 3

+ Dia Mundial do Rock: 9 rocks para usar de repertório sociocultural

Fuvest (2002) Discursiva

Estas duas estrofes encontram-se em O samba da minha terra, de Dorival Caymmi:

“Quem não gosta de samba
bom sujeito não é,
é ruim da cabeça
ou doente do pé.

Eu nasci com o samba,
no samba me criei,
do danado do samba
nunca me separei”.

a) Reescreva a primeira estrofe, iniciando-a com a frase afirmativa Quem gosta de samba e fazendo as adaptações necessárias para que se mantenha a coerência do pensamento de Caymmi. Não utilize formas negativas.

b) Reescreva os dois primeiros versos da segunda estrofe, substituindo as formas nasci e me criei, respectivamente, pelas formas verbais correspondentes de provir e conviver e fazendo as alterações necessárias.

Enem (2014)

O Brasil é sertanejo

Que tipo de música simboliza o Brasil? Eis uma questão discutida há muito tempo, que desperta opiniões extremadas. Há fundamentalistas que desejam impor ao público um tipo de som nascido das raízes socioculturais do país. O samba. Outros, igualmente nacionalistas, desprezam tudo aquilo que não tem estilo. Sonham com o império da MPB de Chico Buarque e Caetano Veloso. Um terceiro grupo, formado por gente mais jovem, escuta e cultiva apenas a música internacional, em todas as vertentes. E mais ou menos ignora o resto.

A realidade dos hábitos musicais do brasileiro agora está claro, nada tem a ver com esses estereótipos. O gênero que encanta mais da metade do país é o sertanejo, seguido de longe pela MPB e pelo pagode. Outros gêneros em ascensão, sobretudo entre as classes C, D e E, são o funk e o religioso, em especial o gospel. Rock e música eletrônica são músicas de minoria.

É o que demonstra uma pesquisa pioneira feita entre agosto de 2012 e agosto de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A pesquisa Tribos musicais — o comportamento dos ouvintes de rádio sob uma nova ótica faz um retrato do ouvinte brasileiro e traz algumas novidades. Para quem pensava que a MPB e o samba ainda resistiam como baluartes da nacionalidade, uma má notícia: os dois gêneros foram superados em popularidade. O Brasil moderno não tem mais o perfil sonoro dos anos 1970, que muitos gostariam que se eternizasse. A cara musical do país agora é outra.

GIRON, L. A. Época, n. 805, out. 2013 (fragmento).

O texto objetiva convencer o leitor de que a configuração da preferência musical dos brasileiros não é mais a mesma da dos anos 1970. 

A estratégia de argumentação para comprovar essa posição baseia-se no(a).

A apresentação dos resultados de uma pesquisa que retrata o quadro atual da preferência popular relativa à música brasileira.
B caracterização das opiniões relativas a determinados gêneros, considerados os mais representativos da brasilidade, como meros estereótipos.
C uso de estrangeirismos, como rock, funk e gospel, para compor um estilo próximo ao leitor, em sintonia com o ataque aos nacionalistas.
D ironia com relação ao apego a opiniões superadas, tomadas como expressão de conservadorismo e anacronismo, com o uso das designações “império” e “baluarte”.
E contraposição a impressões fundadas em elitismo e preconceito, com a alusão a artistas de renome para melhor demonstrar a consolidação da mudança do gosto musical popular.

Resposta: o texto menciona a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), compreendendo agosto de 2012 a agosto de 2013, um instituto que tem credibilidade no país, considerado como uma fonte confiável e, portanto, com informações fortalecem a argumentação do texto. 

Alternativa correta: A

IFTO (2020)

Oceano (Djavan)

Assim que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão
Dava pra ver o tempo ruir
Cadê você? Que solidão!
Esquecera de mim?

Enfim, de tudo o que há na Terra
Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar
Longe de ti tudo parou
Ninguém sabe o que eu sofri

Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar, me dá teu calor

Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você deságua em mim, e eu, oceano
Me esqueço que amar é quase uma dor
Só sei viver se for por você!

Disponível em: https://www.letras.mus.br/djavan/11337/ Acesso em: 14 set. 2019.

No primeiro verso da terceira estrofe, percebe-se que o termo “deserto” foi empregado como recurso expressivo de sentido 

A Denotativo, pois consiste em atribuir a seres inanimados, características próprias dos seres humanos. 
B Conotativo, uma vez que é uma expressão utilizada para mesclar sensações percebidas por diferentes órgãos sensoriais. 
C Denotativo, porque é uma expressão utilizada para designar um ser por suas características e atributos. 
D Conotativo, pois estabelece uma relação de comparação entre o sentido literal e o figurado. 
E Conotativo, pois designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória.

Alternativa correta: D

Uece (2018)

Atente aos seguintes excertos sobre a década de 1970: 

“A padronização do ‘moderno’ chegava ao auge no Brasil dos anos 70 em meio a flagrantes contrastes e desigualdades sociais, regionais, culturais”. 

“Depois do vendaval dos anos 60 que atingiu ‘corações e mentes’ de uma geração inteira, os anos 70 começaram sob a égide da fragmentação: desdobramentos da contracultura, movimentos underground, punk, misticismo oriental, vida em comunidades religiosas ou naturalistas, valorização do individualismo, expansão do uso de drogas”.  

HABERT, N. A década de 70: apogeu e crise da ditadura militar brasileira. São Paulo: 3ª Ed. Editora Ática, 1996, p.71 e 74. 

Assinale a opção que apresenta exemplo(s) da cultura da década de 1970 no Brasil. 

A Aparecimento dos “Novos Baianos”: Moraes Moreira, Baby Consuelo, Pepeu Gomes; além de artistas como Belchior, Ednardo, Fagner, Zé Ramalho, Alceu Valença, entre outros representantes nordestinos. 
B Apogeu da ‘Era do Rádio’, com grandes intérpretes da música nacional, como Emilinha Borba, Cauby Peixoto e Nelson Gonçalves, e as radionovelas escritas por Janete Clair e Dias Gomes. 
C Popularização do Rock Nacional, com o aparecimento de bandas como ‘Titãs’, ‘Paralamas do Sucesso’, ‘Legião Urbana’, entre outras, que cantavam críticas aos governos militares. 
D Popularização do ‘Rap’ e do ‘Hip-Hop’ como formas artísticas de expressão das periferias brasileiras, destacando-se nomes como Racionais MC, Emicida, MV Bill e Marcelo D2. 

Resposta: esses artistas fazem parte da geração que fez uso da cultura como meio de protesto e refúgio contra o clima repressivo daquele contexto. São grandes expoente do nordeste. Os anos 70 foram marcados pela busca da liberdade e quebra de tabus pela juventude. Também é desse período o movimento Tropicalista, com as figuras de Gilberto Gil e Caetano Veloso e a banda Mutantes.
Todos esses cantores se destacaram a partir dos famosos Festivais de música promovidos pela TV Record, no final dos anos 1960. Especificamente sobre o grupo Novos Baianos, ele foi formado em 1969, em Salvador, do encontro do letrista Luiz Galvão (1937) e do compositor Moraes Moreira (1947) com Paulinho Boca de Cantor (1946), no vocal e pandeiro e Baby Consuelo (1952), no vocal e na percussão.
O nome do grupo é criado em 1969 durante o 5º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (São Paulo), apresentando a canção “De Vera” (Moraes Moreira e Luiz Galvão). O apresentador chama ao palco “esses novos baianos”, alusão aos conterrâneos ilustres Caetano Veloso (1942), Gilberto Gil (1942) e Tom Zé (1936).

Alternativa correta: A

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