A biologia divide os seres vivos em vários reinos, que possuem características em comum, como plantas, bactérias, fungos, entre outros. A biologia animal, também chamada de zoologia, trata especificamente dos animais, em toda a escala evolutiva, na compreensão da fisiologia, anatomia, histologia que tornam os filos semelhantes ou diferentes entre si.
Neste artigo, serão apresentados brevemente os nove filos animais: poríferos, cnidários, platelmintos, nematelmintos, anelídeos, equinodermos, moluscos, artrópodes e cordados, com suas características mais importantes, comparando as diferenças evolutivas entre eles. Veja, ainda, questões de vestibulares que exploram o assunto, comentadas e resolvidas por professores de biologia do Estratégia Vestibulares.
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O que são animais?
Como foi citado anteriormente, os seres vivos são classificados conforme suas semelhanças, para facilitar o estudo de cada conjunto criado. Os animais, então, estão organizados no Reino Animalia, que inclui mamíferos, insetos, vermes, minhocas, com uma soma total estimada que ultrapassa cinquenta milhões de espécies, das quais apenas um milhão são conhecidas até os dias atuais.
As características compartilhadas entre todos os animais são: organismos eucariotos, multicelulares, que podem responder a estímulos internos e/ou externos, além de se alimentarem por ingestão.
Poríferos
Os poríferos são representados, majoritariamente, pelas esponjas. Todos os animais desse filo passam a vida inteira em ambiente aquático e seus tecidos não são verdadeiros, mas estruturas primitivas que são a base para a evolução de outros filos, por meio da seleção natural.
As esponjas e outros poríferos não possuem a capacidade de locomoção, por isso são classificados como sésseis. Além disso, grande parte das espécies se organizam em colônias no fundo do mar, embora alguns indivíduos estejam adaptados para uma vida afastada de outros indivíduos do filo.
O nome porífero faz referência aos inúmeros poros encontrados ao longo do corpo desses organismos. Essas estruturas são necessárias para a filtração da água, quando ela atravessa o corpo desses animais, eles captam os nutrientes necessários para sua sobrevivência. Por fim, é importante mencionar que as esponjas apresentam uma capacidade de regeneração significativa quando comparadas a outros seres do reino animal.
Cnidários
O principal modelo de cnidários dos dias atuais são as águas vivas e as anêmonas do mar. Observe que, novamente, tratam-se de espécies que sobrevivem dentro da água, especialmente em ambientes marítimos ou oceânicos, com água salgada.
São o próximo filo evolutivo depois dos poríferos, mas ainda possuem uma organização corporal simples. Uma diferença importante é que, nesse grupo de animais, existem tecidos verdadeiros conforme as classificações biológicas.
Outra habilidade selecionada para essas espécies é que, alguns dos cnidários podem se locomover no espaço, que são chamadas de medusas; embora outras espécies permanecem fixadas ao solo por toda a vida, denominadas por pólipos.
Inclusive, os cnidários são os primeiros animais a apresentarem um sistema nervoso. Trata-se de uma organização fisiologicamente simples, que transmite estímulos em todas as direções do corpo. Para além disso, ainda se defendem por meio de cnidócitos que podem liberar substâncias urticantes e paralisantes, para facilitar a predação e alimentação nas espécies.
Platelmintos
O próximo filo evolutivo a ser observado são os platelmintos, os vermes achatados. Nessa etapa da evolução, os animais ganham a possibilidade de sobreviver em ambientes aquáticos e terrestres.
A principal representante dos platelmintos no cotidiano são as tênias, conhecidas como solitárias, que podem infectar humanos e causar sintomas gastrointestinais. É importante mencionar que, embora as tênias sejam parasitas, existem espécies de vida livre, que não dependem de outros organismos para sobreviver.
É importante notar que o sistema nervoso dos platelmintos torna-se mais organizado nesse ponto da escala evolutiva dos animais. Nos vermes achatados existem gânglios, conjuntos de corpos de neurônios que tornam a anatomia nervosa mais concentrada em uma só região, melhorando a condução dos impulsos nervosos pelo organismo.
Por fim, existem ainda protonefrídeos que permitem a excreção de substâncias indesejáveis do metabolismo dos platelmintos. Essas estruturas são elementos primitivos e ancestrais dos néfrons, que formam os rins humanos, por exemplo.
Nematelmintos
Os vermes cilíndricos, que estão agrupados no filo dos nematelmintos, são a próxima chave no cladograma evolutivo dos animais. Também são invertebrados, sem sistema esqueléticos, e possuem um corpo de formato mais roliço, com extremidades finas.
São vermes de comprimento variado, em que algumas espécies se limitam a poucos centímetros e outras crescem mais de um metro. Novamente, há possibilidade de sobrevivência no ambiente terrestre e aquático, assim como também estão relacionados com algumas doenças de importância para a saúde pública e social.
Enfermidades como ancilostomíase (famosa popularmente como amarelão), ascaridíase, filariose (também conhecida como elefantíase) e bicho-geográfico são decorrentes de infestações do corpo com nematódeos parasitas. Novamente, embora as parasitoses tenham maior destaque pela questão sanitária, existem espécies de nematelmintos que têm vida livre, que estão distribuídas em diferentes ecossistemas.
São os primeiros animais do processo evolutivo que possuem um sistema digestório completo, ou seja, boca e ânus conectados por meio de órgãos tubulares. Esse aspecto é importante porque aumenta a eficiência da digestão e obtenção de nutrientes a partir dos materiais ingeridos.
Anelídeos
O filo dos anelídeos é constituído por animais de tamanhos que variam entre poucos milímetros e seis. Seu corpo é cilíndrico e composto por vários segmentos, isso faz parecer que o animal é formado por vários pequenos anéis, e essa é a razão da denominação “anelídeos”.
São animais que possuem menor dependência do ambiente aquático, podendo viver em água doce, salgada e também em solos, desde que tenham uma umidade acentuada. Para garantir uma certa resistência contra desidratação, seu corpo é revestido por uma camada de cutícula. Inclusive, isso favorece a eficiência da respiração, porque algumas espécies garantem as trocas gasosas por meio da superfície corpórea, enquanto outras realizam respiração branquial.
Um ponto importante é que os anelídeos são invertebrados que apresentam um sistema circulatório fechado, e o sangue circula por dentro de vasos condutores dispostos ao longo de seu corpo, distribuindo oxigênio às células por meio da hemoglobina (mesmo pigmento respiratório encontrado em humanos). Os outros filos invertebrados não possuem essa característica.
Equinodermos
Os equinodermos são um filo reconhecido, principalmente, pelas estrelas-do-mar, bolachas-da-praia e pepinos-do-mar. E uma de suas características que chamam mais a atenção da população é a capacidade de regeneração: apenas um braço da estrela-do-mar pode se transformar em um novo animal, se o corte for realizado de maneira correta, incluindo parte das estruturas centrais do organismo.
O corpo dos equinodermos é recoberto por estruturas pontiagudas, semelhantes a espinhos, observados em. Possuem características evolutivas que os deixa em um estágio intermediário entre semelhanças com os invertebrados, mas também com os cordados.
É import-ad11c532-70bb-48e5-bae5-3b5c54a22146″ class=”textannotation”>tante mencionar que são animais que não possuem cabeça, mas possuem uma boca distribuída geralmente na porção central do corpo. Para a alimentação e locomoção, os equinodermos têm um mecanismo chamado de sistema ambulacrário, em que um fluído semelhante à água marítima circula por seus corpos e favorece sua movimentação, à medida que controlam para qual direção o líquido será empurrado.
Moluscos
Presentes no ambiente terrestre e abundantes no ecossistema marinho, os moluscos são animais com um corpo mole e relativamente frágil. Para a proteção, então, muitas utilizam conchas que recobrem os corpos e impedem injúrias químicas ou físicas mais severas.
Os tipos de moluscos são diversificados, variando entre caracóis, lesmas, lulas e polvos. São animais com órgãos internos mais organizados, com sistema excretor, digestório e genital bem estabelecidos, além de um coração que bombeia a circulação das substâncias pelo organismo, geralmente localizados na região protegida pela concha.
Algumas espécies realizam respiração cutânea, grande parte dos indivíduos aquáticos dependem das brânquias para as trocas gasosas, enquanto que os moluscos de vida terrestre possuem um órgão rudimentar que funciona como um pulmão. Do ponto de vista do sistema nervoso, são bem desenvolvidos e conseguem responder eficientemente aos estímulos sensoriais do ambiente.
Artrópodes
O filo dos artrópodes inclui diversas classes de animais, como insetos, aracnídeos, crustáceos, quilópodes e diplópodes. É o filo que mais cresceu em número de espécies na escala evolutiva, esse desenvolvimento aconteceu em concomitância com a biologia vegetal e a ascensão das angiospermas, porque os artrópodes agem como polinizadores para esse tipo de planta. São animais invertebrados, adaptáveis em ambientes com diferentes características climáticas, químicas e físicas.
A composição corporal dos artrópodes chama atenção porque são animais inteiramente articulados, de forma que suas patas, tronco, abdome podem se articular entre si, como se o animal inteiro fosse construído em pedaços que dobram-se mutuamente.
O esqueleto que sustenta seus corpos é externo e é alterado à medida que o animal cresce, processo que é conhecido como muda e ocorre várias vezes até que o indivíduo pare de crescer, na fase adulta.
O número de patas depende da classe de artrópodes, podendo variar entre 6, como nos pernilongos e 750 patas no caso dos piolhos de cobras, em algumas espécies específicas. As aranhas e escorpiões apresentam 8 patas articuladas, enquanto camarões contém 10 patas.
Cordados
O filo dos cordados abrange outras cinco classes de animais: peixes, como tubarões, anfíbios, como os sapos, répteis, por exemplo os jacarés, aves, como modelo os gaviões, e mamíferos, que podem ser representados pelas vacas. Isso significa que, na classificação taxonômica, os seres humanos estão incluídos neste filo.
As principais características compartilhadas entre os cordados são:
- Notocorda, um tubo flexível que confere sustentação corporal. Em muitas espécies a notocorda é uma estrutura temporária, que aparece durante o desenvolvimento embriológico e depois é modificada em outros componentes de sustentação, como a coluna vertebral;
- Cordão nervoso, que é um elemento fundamental para o desenvolvimento do sistema nervoso central. No caso dos seres humanos, essa estrutura é embrionária e dá origem à medula espinhal e ao cérebro;
- Fendas branquiais, estruturas embrionárias que parecem vários arcos ao redor da faringe, que vão assumir diferentes funções na vida adulta do animal. Nos peixes, são as estruturas originárias das brânquias, na maior parte dos mamíferos formam partes do pescoço e da cabeça; e
- Cauda pós anal, um componente que fica atrás do ânus e, em muitas espécies participa da movimentação, como no caso dos girinos (fase de desenvolvimento de alguns anfíbios). Em outros animais, essa estrutura desaparece na transição da vida embrionária para a vida adulta.
Questões sobre biologia animal
Enem (2020)
Aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros são representantes da classe dos Aracnídeos. Esses animais são terrestres em sua grande maioria e ocupam os mais variados hábitats, tais como montanhas altas, pântanos, desertos e solos arenosos. Podem ter sido os primeiros representantes do filo Arthropoda a habitar a terra seca.
A característica que justifica o sucesso adaptativo desse grupo na ocupação do ambiente terrestre é a presença de
A) quelíceras e pedipalpos que coordenam o movimento corporal.
B) excreção de ácido úrico que confere estabilidade ao pH corporal.
C) exoesqueleto constituído de quitina que auxilia no controle hídrico corporal.
D) circulação sanguínea aberta que impede a desidratação dos tecidos corporais.
E) sistema nervoso ganglionar que promove a coordenação central do movimento corporal.
Alternativa correta: C.
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