A pós-modernidade é um período histórico que iniciou-se na segunda metade do século XX e perdura até os dias atuais. Os teóricos da pós-modernidade, especialmente na filosofia e sociologia, buscam entender e descrever as teorias, os valores e os ideais que regem a sociedade atual, com todas as nuances do desenvolvimento tecnológico e questionamentos morais.
O conhecimento sobre a pós-modernidade, são uma base fundamental para a compreensão dos problemas sociais atuais, bem como no entendimento das culturas e sistemas sociais que norteiam as nações do mundo todo.
Esses temas são relevantes para o desenvolvimento de um olhar crítico sobre a sociedade, bem como são cobrados nas provas de vestibulares, seja através de questões em que o assunto central do enunciado seja esse, ou ainda, em propostas de redação que retratam algum aspecto dessa temática e requerem uma dissertação sobre ele.
Para te ajudar na construção desse conhecimento tão essencial para a atualidade, o Estratégia Vestibulares preparou este artigo que define a pós-modernidade historicamente e expõe o nome dos principais teóricos do período, com suas ideias principais resumidas em cada tópico.
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O que é pós modernidade?
Como foi mencionado anteriormente, a pós-modernidade é o período histórico que a humanidade se encontra na atualidade. Iniciou-se com o final da Segunda Guerra Mundial, ultrapassou a época da Guerra Fria e perdura até os dias atuais, com os diferentes conflitos e dilemas sociais das nações mundo afora.
O sistema político e econômico que se sustentou ao longo da pós-modernidade foi o capitalismo, principalmente depois da Queda do Muro de Berlim, que marcou o fim da Guerra Fria e também a ascensão do modelo de produção americano como o mais prestigiado entre as nações.
Em conjunto com o sistema capitalista, a pós-modernidade é uma era do consumismo, da produção de mercadorias descartáveis ou com pouca vida útil, que fomenta o consumo desenfreado dos consumidores, uma das fontes de acumulação de riqueza do capitalismo.
Além disso, é uma sociedade midiática, cercada pela publicidade e marketing, que vendem ideias, produtos e negócios por meio de frases de efeito. As tendências constroem a realidade de diversos setores comerciais, inclusive no ramo da moda, alimentação, beleza, decoração de interiores, tipos de carros, entre outros aspectos.
É uma sociedade marcada pelo imediatismo e pela vivência do “aqui e agora”, conhecido pelo lema, em latim, “carpe diem”, que significa “aproveite o dia”. Além da visão mais prática sobre as coisas, há uma perspectiva mais individualista sobre a vida e as escolhas.
Com as transformações tão crescentes e marcantes ao longo desses anos e também pela influência da globalização, a visão de coletividade cedeu espaço para um posicionamento mais narcisista, em que a felicidade individual é plena e, dentro de alguns contextos, pode ser superior ao bem estar coletivo.
Dentro desse contexto, ainda, a ideia pós-moderna sobre cultura é muito ampla e desconecta-se da ideia de tradicionalismo familiar. Principalmente em relação ao mundo globalizado, a contemporaneidade é marcada pela influência de diversas culturas em um só ambiente: por exemplo uma mesma loja de fast-food pode fabricar tacos mexicanos, sushis, petit gateau, ao som do k-pop coreano, por meio de máquinas de atendimento fabricadas em Taiwan.
A presença das tecnologias em avanço exponencial e cada vez mais com funções semelhantes às dos seres humanos faz com que, a sociedade pós-moderna vivencie uma sensação de mistura entre a realidade real e virtual.
Um ponto a ser observado e que abordado é algumas vezes por teóricos e sociólogos da pós-modernidade é a banalização dos valores éticos e morais. Com a presença da subjetividade e individualidade, cada vez mais há uma ideia de que aquilo que o “certo” e a “verdade” são relativas nos diferentes contextos sociais.
Principais teóricos da pós-modernidade
Michel Foucault (1926-1984)
O filósofo e professor francês Michel Foucault está entre os nomes mais importantes da filosofia pós-moderna, porque suas ideias transformaram a forma como as teorias eram estruturadas e analisadas dentro de sua área do conhecimento.
Dedicou sua vida, primeiramente, a entender qual era o histórico do desenvolvimento das ciências humanas ao longo do tempo. Depois disso, começou a entender como as estruturas de poder eram criadas no decorrer da história, em que haviam os poderes de mais relevância social como aquele exercido por um governante, mas também existem pequenos poderes aplicados em espaços menores da sociedade, como um professor na escola ou um médico no hospital.
Diante desses estudos, concluiu-se que as principais instituições sociais são uma forma de disciplinarização dos corpos e mentes, que sempre há uma figura de poder para coordenar as ações sociais.
Jean-François Lyotard (1924-1998)
Também francês, o filósofo Lyotard dedicou-se a estudar a pós-modernidade e, em seus trabalhos, chegou à conclusão que, nesse período histórico, a sociedade estava perdendo suas crenças em relação às metanarrativas.
O que ele classifica como metanarrativas são as ideias teóricas que, por muito tempo foram defendidas, mas tinha pouca aplicabilidade prática no cotidiano. Por exemplo, a ideia de um modelo político, como o comunismo, seria a solução para todos os problemas sociais, foi questionada por ele.
Então, seus escritos fluem no sentido de demonstrar que qualquer teoria que pareça trazer uma solução única, pronta, perfeita, que não pode ser questionada nem aplicada em concomitância com outros valores, tende a ser questionada e pouco aprovada na sociedade pós-moderna.
Ao mesmo tempo, o teórico aponta que, nessa era da humanidade, não existe uma forma única de compreender a verdade através de quaisquer fontes de conhecimento. Cada consenso ou conceito pode ser bem aceito em uma cultura e extremamente questionado em outra, a depender do contexto.
Jacques Derrida (1930-2004)
Jacques Derrida é um filósofo da Argélia, colônia francesa, que sofreu as mazelas do período nazifascista, por ter ascendência judaica e, portanto, sofrer com o antissemitismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Suas principais ideias giram em torno de estudar, criticar e entender a própria filosofia em sua totalidade. Ele criou um método de interpretação dos textos a partir da desconstrução, da fragmentação da leitura em diversos pequenos elementos que poderiam expor partes do textos que ficam “escondidas” nas entrelinhas das teorias.
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