No último domingo, 05 de janeiro, a atriz brasileira Fernanda Torres ganhou o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama no Globo de Ouro 2025, uma das principais condecorações do cinema mundial.
A premiação veio por seu papel como Eunice Paiva, no filme “Ainda Estou Aqui”, que narra a história real da família Paiva, assim como a trajetória da matriarca da família (Eunice), após o “desaparecimento” de Rubens Paiva durante a ditadura militar no Brasil.
Fernanda Torres fez história ao ganhar o prêmio, sendo a primeira atriz brasileira a consegui-lo e a segunda a ser indicada na categoria. A primeira foi sua mãe, Fernanda Montenegro, com o filme “Central do Brasil”.
Para celebrar este marco histórico do cinema brasileiro, o Portal Estratégia Vestibulares preparou este artigo, que traz a trajetória da atriz, além de listar 19 de suas citações mais marcantes e que podem ser usadas na redação dos vestibulares. Confira!
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Quem é Fernanda Torres?
Fernanda Torres é uma renomada atriz, escritora, roteirista e cronista brasileira, nascida em 1965, no Rio de Janeiro. Filha dos consagrados atores Fernando Torres e Fernanda Montenegro, Fernanda cresceu em um ambiente artístico que influenciou profundamente sua carreira.
No cinema, destacou-se em filmes marcantes como “Eu Sei que Vou Te Amar” (1986), pelo qual recebeu a Palma de Ouro de Melhor Atriz no Festival de Cannes, sendo uma das poucas brasileiras a conquistar esse prêmio. Outros trabalhos notáveis incluem “O Que É Isso, Companheiro?” (1997), “Os Normais (2003)”, “Casa de Areia (2005)”, ao lado de sua mãe e “Redentor” (2004).
Na televisão, ganhou grande popularidade com as séries de comédia “Os Normais” (2001-2003), onde interpretou a icônica personagem Vani, e “Tapas & Beijos” (2011-2015), na qual deu vida a Fátima.
Outros trabalhos importantes incluem novelas como Baila Comigo (1981) e “Selva de Pedra” (1986), além de participações em séries como Amores Roubados (2014) e Filhos da Pátria (2017-2021).
Fernanda também se destacou no teatro, com peças como “A Casa dos Budas Ditosos” e “Viver Sem Tempos Mortos”. Como escritora, publicou o romance “Fim” (2013), muito elogiado pela crítica, “Sete Anos” (2014) e “A Glória e Seu Cortejo de Horrores” (2017). Em 2023, seu livro “Fim” virou série, que foi produzida e roteirizada pela própria Fernanda, dirigida por Andrucha Waddington, seu marido, e exibida pela Globo e Globoplay.
Já em 2024, Torres estrelou o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. A obra aborda principalmente a história de Eunice Paiva, mãe do autor, e seu papel como uma figura de resistência durante a ditadura militar, enquanto lidava com a perda do marido, Rubens Paiva, desaparecido político em 1971.
O filme foi indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro do Globo de Ouro, mas perdeu para “Emília Pérez”, obra francesa. Felizmente, Fernanda Torres ganhou na categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama, desbancando Nicole Kidman (“Babygirl”), Angelina Jolie (“Maria Callas”), Kate Winslet (“Lee”), Tilda Swinton (“O quarto ao lado”) e Pamela Anderson (“The last showgirl”).
Ao vencer o prêmio, a atriz dedicou-o a sua mãe, que, há 25 anos, concorria à mesma categoria pelo filme “Central do Brasil”, também dirigido por Walter Salles.
1 – “A arte é um sério antídoto contra as certezas. E uma baita aliada da educação.” – Sete Anos (2014)
Para Fernanda, a arte questiona o que tomamos como verdade absoluta. Ela abre espaço para múltiplas perspectivas, incentivando a dúvida, o questionamento e a reflexão sobre o mundo. Ou seja, ela complementa a educação tradicional ao promover a sensibilidade, a empatia e o pensamento crítico.
Fernanda Torres traz essa frase no livro Sete Anos (2014), onde aborda temas cotidianos com profundidade e ironia.
2 – “Hoje, vivemos um ateísmo tecnológico sem precedentes, tão bem representado pela indiferença do rapaz que despreza o conteúdo artístico e venera sua nave virtual.” – Sete Anos (2014)
Fernanda Torres, com essa frase, critica como a tecnologia tem tomado o lugar da apreciação pela arte e pela reflexão mais profunda. Ela aponta que vivemos em um tempo onde muitos se desconectaram de valores culturais ou artísticos e, em vez disso, colocam toda a atenção em dispositivos, redes sociais e no mundo digital em geral.
Para Fernanda, a arte questiona o que tomamos como verdade absoluta. Ela abre espaço para múltiplas perspectivas, incentivando a dúvida, o questionamento e a reflexão sobre o mundo. Ou seja, ela complementa a educação tradicional ao promover a sensibilidade, a empatia e o pensamento crítico.
Fernanda Torres traz essa frase no livro Sete Anos (2014), onde aborda temas cotidianos com profundidade e ironia.
3 – “O amor nada tem de etéreo, é carne, é físico, e brutal.” – Fim (2013)
Fernanda Torres desmistifica a ideia de que o amor é algo puramente idealizado, romântico ou perfeito. Para ela, o amor está profundamente ligado à realidade, cheio de emoções intensas e, muitas vezes, conflitantes.
No livro Fim (2013), Fernanda Torres aborda temas como envelhecimento, morte e as complexidades das relações humanas.
4 – “Aprendeu, desde cedo, que o mundo é injusto e que toda grande alegria antecede uma tragédia maior.” – Fim (2013)
Essa frase reflete uma visão melancólica e madura da vida, onde a personagem ou narrador já entende que a felicidade, por mais intensa que seja, muitas vezes é seguida por momentos difíceis. É como se houvesse uma consciência de que a vida é feita de altos e baixos, e que a injustiça do mundo faz parte dessa dinâmica.
No livro Fim (2013), Fernanda Torres aborda temas como envelhecimento, morte e as complexidades das relações humanas.
5 – “Eu conheço a cultura francesa, a cultura americana, a cultura russa, a cultura alemã, a cultura italiana. Mas eles não conhecem a cultura brasileira. E, às vezes, eu tenho pena de quem nunca leu Machado de Assis.” – em entrevista para Rodrigo Ortega, do UOL
Nessa frase, Fernanda Torres expressa a desigualdade na troca cultural entre o Brasil e outros países. Ela ressalta como os brasileiros são expostos e aprendem muito sobre culturas estrangeiras, mas, em contrapartida, muitos países pouco sabem sobre a riqueza cultural brasileira.
Ao mencionar Machado de Assis, um dos maiores escritores da literatura brasileira, ela destaca a grandiosidade da cultura nacional que, infelizmente, não é amplamente conhecida ou reconhecida fora do Brasil. O “ter pena” mostra o quanto essas pessoas perdem ao não terem contato com obras tão marcantes.
6 – “O Brasil tem pena do mundo não saber o que a gente sabe.” – em entrevista para Rodrigo Ortega, do UOL
Ainda no mesmo assunto, Fernanda reflete sobre a percepção brasileira de que o país possui uma riqueza cultural, social ou emocional única, mas que muitas vezes essa singularidade não é reconhecida ou compreendida pelo resto do mundo.
O “ter pena” é usado de forma provocativa, quase como uma inversão: em vez de o Brasil se sentir inferior por não ser valorizado globalmente, há uma espécie de orgulho misturado com a frustração de que “os outros não sabem o que estão perdendo”.
7 – “Quando alguém fura a fronteira e leva algo que nos é pessoal para fora, é essa espécie de sentimento de ‘olha oque a gente tem de rico’, é um sentimento de orgulho nacional bacana, bom de sentir.” – em entrevista para Rodrigo Ortega, do UOL
Nessa frase, Fernanda Torres fala sobre o orgulho que os brasileiros sentem quando aspectos únicos da cultura nacional ganham reconhecimento internacional, como o que aconteceu com o filme “Ainda Estou Aqui”.
Ela descreve como é especial ver algo que faz parte da identidade brasileira, seja na arte, música, literatura ou qualquer outro campo, ultrapassar fronteiras e ser valorizado fora do país.
O “orgulho nacional bacana” que ela menciona não é aquele exagerado ou ufanista, mas um sentimento positivo, quase afetivo, de ver algo tão nosso sendo apreciado pelo mundo.
8 – A gente não pensa muito em sucesso, porque o sucesso acontece se você tiver sorte. Muita coisa junta precisa (acontecer) pro tal do sucesso. Você torce mesmo é pra ter bons trabalhos nos quais você vai se empenhando e fazendo com gente boa.” – em entrevista para Vogue Brasil
Fernanda Torres transmite uma visão bem realista sobre o sucesso. Ela destaca que o sucesso não depende apenas de esforço ou talento, mas também de uma boa dose de sorte e de circunstâncias favoráveis que se alinham de forma rara e imprevisível.
Para ela, o mais importante não é correr atrás do sucesso em si, mas se concentrar em realizar bons trabalhos, nos quais você se dedica de verdade, e ter a sorte de trabalhar com pessoas talentosas e comprometidas.
9 – “Se essa indicação chegar a acontecer, num filme pequeno em comparação com a indústria de cinema internacional, falado em português, já considero isso como um Oscar ganho!” – em entrevista para Vogue Brasil
10 – “O Oscar não é a fronteira final. O grande prêmio de um filme é fazer o filme. E quando ele chega nas pessoas, no mundo, aí é inacreditável.” – em entrevista para Vogue Brasil
11 – “A tragédia é uma coisa que você introjeta, é algo maior que o mundo, maior mesmo que a capacidade de chorar aquela dor.” – em entrevista para Vogue Brasil
12 – “O filme nos relembra de onde viemos. Os Paiva representam esse Brasil sonhado, o Brasil do futuro, progressista, do Oscar Niemeyer, do Burle Marx, da Lina Bo Bardi, da Tropicália, da poesia concreta, de escritores, de arquitetos, de advogados, de engenheiros incríveis que fizeram Brasília. […] E também fala dessa família branca, burguesa, atingida por um Estado autoritário, que não poupava ninguém.” – em entrevista para Vogue Brasil
13 – “O filme já é um acontecimento para nós. Ele já está no mundo e já é uma porta de entrada.” – em coletiva de imprensa do filme “Ainda Estou Aqui”
14 – “Quando um ator brasileiro falando português é nomeado, ele já ganhou. Pode estourar a champanhe!” – em coletiva de imprensa do filme “Ainda Estou Aqui”
15 – “Eu acho que quem está meio perdido hoje são os brancos libertários, pessoas como eu. O intelectual branco, antes, era o porta-voz do povo, ele era livre, superior e porta-voz do povo. Hoje, o povo fala por si.” – em entrevista para o Roda Viva
16 – “A gente está vivendo de novo um namoro com a ideia de que o autoritarismo talvez resolva os nossos problemas. Não só aqui, como no mundo, porque eu acho que a modernidade não nos trouxe calma, ela nos trouxe caos.” – em entrevista para Mario Sergio Conti, no programa Diálogos
17 – “Cresci com o peso de que jamais me igualaria à minha mãe, e isso carregando o nome dela. Já nasci perdendo, Selton.” – disse Fernanda a Selton Mello em um texto na biografia do ator, “Eu me lembro”.
18 – “A vida presta, e muito.” – em post do Instagram
Fernanda Torres, um dia antes do Globo de Ouro, agradeceu aos três milhões de espectadores brasileiros que assistiram “Ainda Estou Aqui” e aos 216 milhões de brasileiros e brasileiras que torciam por sua vitória.
Antes mesmo de saber que ganharia a estatueta, a atriz finalizou o post com a frase icônica “A vida presta, e muito”, que viralizou nas redes sociais.
19 – “Eu quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não têm ideia. Ela esteve aqui há 25 anos. E isso é uma prova que a arte pode durar pela vida, até durante momentos difíceis, como esta incrível Eunice Paiva, que eu fiz, passou.” – em seu discurso da vitória no Globo de Ouro
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