Antiguidade Oriental: contexto histórico, povos e exercícios

Antiguidade Oriental: contexto histórico, povos e exercícios

Muito se ouve falar sobre a Idade Antiga: gregos, romanos, hebreus, mesopotâmios e etc. Cada grupo, com sua importância histórico-cultural, influencia a humanidade em algum nível. No artigo de hoje, trataremos informações sobre os povos da antiguidade oriental.

Aqui, você aprenderá os principais aspectos da época, quais são as comunidades e qual sua relevância para o desenvolvimento da civilização. Além disso, confira exercícios que apareceram no vestibular sobre esse tema. Acompanhe agora!

O que é a antiguidade oriental?

O termo antiguidade oriental refere-se às comunidades da Idade Antiga que se situavam nas regiões do Norte da África e Oriente Médio — que ficam ao leste da Europa.

Os povos que habitam essas localidades são agrupados por características comuns de organização social, política e econômica. Por exemplo, a agricultura que se desenvolvia à margem dos rios conferiu a alguns deles o nome de “civilizações do regadio”.

Povos da antiguidade oriental

Egípcios

A sociedade do Egito Antigo, muito reconhecida pelas pirâmides e ritos de mumificação, estava centrada na presença do rio Nilo. O corpo d’água e suas cheias propiciaram a sedentarização das comunidades e, conforme a transbordava ou esvaziava, os humanos realizavam suas atividades de cultivo. 

Além disso, a pecuária e o comércio de linho, cevada e trigo estavam relacionados com a intervenção do Nilo sobre o meio ambiente egípcio. Esse é um curioso caso de determinismo geográfico, quando o ambiente influencia o comportamento do homem e suas atividades.

A organização política do Egito estava centralizada na figura de um homem que representava a autoridade divina na Terra, o faraó. Ele também era adorado como intermediário entre os humanos e as divindades.

Por essas razões, a estratificação social não apresentava mobilidade — o privilégio do nascimento estava descrito conforme o contexto social nascido, que seria determinado pelos deuses do universo. 

A religião egípcia era politeísta e voltada para as figuras da natureza, em um movimento chamado de antropozoomorfismo: no qual aspectos humanos e animais aparecem na mesma figura idolatrada.

A mumificação, que os torna conhecidos, suscitou conhecimento químico, físico e biológico mesmo na antiguidade oriental. O objetivo dessa prática era vencer a morte e preservar o corpo.

Outros pontos notáveis da cultura egípcia foi a criação da escrita hieroglífica e de uma arquitetura sofisticada, com as pirâmides e os templos. Na época, tais construções indicavam poder e domínio do faraó para com seus súditos.

Mesopotâmios 

Desenvolvida entre os rios Tigre e Eufrates, a civilização mesopotâmica ficou conhecida como “civilização hidráulica”, localizada em uma região chamada de “crescente fértil”.

Essas denominações são frutos do formato do mapa ocupado pelos mesopotâmios, que lembrava uma lua crescente, ao mesmo tempo em que a presença da água fornecia maior fertilidade para a atividade agrícola. 

A mesopotâmia era composta por diversos povos da antiguidade oriental, como sumérios, acádios, amoritas (babilônios) e assírios. Por isso, era repleta de variedade sociocultural.

A sociedade, assim como no caso egípcio, apresentava pouca ou nenhuma chance de mobilidade. Como mão de obra, por meio das guerras, os povos da Mesopotâmia realizavam a escravização dos inimigos.

Em termos religiosos, o politeísmo era imperante, a exemplo do que acontece na Torre de Babel, episódio bíblico que narra a construção de um zigurate, templo religioso mesopotâmico.

Contribuições da antiguidade oriental mesopotâmica podem ser citadas nas áreas da matemática, astronomia, engenharia, literatura e poesia. Mas a maior relevância se dá ao código de lei babilônico e à escrita cuneiforme desenvolvida pelos sumérios.

Conhecido como Código de Hamurabi, foi o primeiro código legal documentado na história da humanidade. Seu princípio norteador é a famosa “Lei de Talião”, que deixou famoso o enunciado “olho por olho, dente por dente”.

O último rei da Mesopotâmia foi Nabucodonosor. O rei foi responsável pela construção dos famosos jardins suspensos da Babilônia e também pela escravização do povo hebreu — história narrada em outros documentos históricos.

antiguidade oriental - jardim suspenso da babilônia
Representação dos Jardins Suspensos da Babilônia
Fonte: Wikimedia 

Hebreus

Citados no tópico anterior, os hebreus ganham destaque histórico devido à crença em uma religião monoteísta, ideal pouco comum para a época. De origem judaica, esse povo era descendente de Abraão e dos semitas.

Grande parte da história hebraica está narrada nos cânones bíblicos. Esse povo passou por intensas transformações em sua sociedade, como guerras, divisões de reinados, cativeiro babilônico, entre outros temas. 

Posteriormente, com as diásporas e o fortalecimento do monoteísmo hebraico, difundiram-se suas crenças. Anos depois, com o surgimento da figura messiânica, as histórias dos hebreus foram parte principal da consolidação do cristianismo

Fenícios 

Também conhecidos como cananeus, os fenícios se localizavam na região que hoje chamamos de Líbano. Sua principal e peculiar característica era a intensa comercialização de produtos. 

Para isso, se desenvolveram no estudo astronômico e logístico, dominando a navegação comercial marítima na antiguidade oriental. A esse movimento foi dado o nome de talassocracia fenícia, quando ocorre uma imperialismo sobre o mar. 

Em termos políticos, as cidades se organizavam individualmente, com a autonomia de cidades-estado. A sociedade era de classe e a religião politeísta, na qual estava o famoso deus Baal. 

Uma importante contribuição fenícia está no alfabeto fonético. Ele serviu de base para o surgimento do alfabeto grego, na antiguidade clássica. Posteriormente, o grego dará origem ao latim e, por fim, surge o alfabeto brasileiro como conhecemos— de forma que os fenícios embasam o nosso sistema linguístico.

Questões sobre antiguidade oriental

Agora que você já conhece as principais civilizações e comportamentos comuns da antiguidade oriental, chegou a hora de treinar seu conhecimento e colocá-lo à prova. Para isso, resolva a questão do vestibular sobre esse assunto!

UTFPR 2013

Em relação à economia do Antigo Egito é correto afirmar que:

a) por sua proximidade com o Mar Mediterrâneo era muito desenvolvido o comércio marítimo.
b) o comércio de manufaturas egípcias abastecia outros povos do Mar Mediterrâneo.
c) a agricultura dependia, em grande parte, das cheias do Rio Nilo.
d) a criação de gado e a mineração eram os setores econômicos mais importantes.
e) a agricultura, a mineração e o artesanato tinham a mesma importância econômica.

A economia do Egito antigo dependia, principalmente, da agricultura e pecuária. Para isso, era necessário que o regime do Rio Nilo fosse estrategicamente explorado, como aponta a alternativa C.

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