Antiguidade clássica: histórico, o que é e quais os povos

Antiguidade clássica: histórico, o que é e quais os povos

A História considera como marco inicial do desenvolvimento das sociedades o surgimento da escrita. Nesse momento, surge a antiguidade clássica, marcada principalmente pela influência das culturas gregas e romanas. 

Com o passar do tempo, relembramos as características grego-romanas como no renascimento cultural do século XIV. Dada a importância desse assunto para o panorama histórico, acompanhe o artigo a seguir, que descreve as principais informações sobre a antiguidade clássica. Vamos lá?

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Antiguidade clássica: contexto histórico

A antiguidade clássica se inicia, historicamente, com os registros das poesias escritas por Homero, por volta do século VIII a.C. O fim dessa Era é marcada pela queda do Império Romano do Ocidente e com o surgimento da Idade Média, por volta do século V d.C.

A organização dos povos nesse período tem forte influência sobre a sociedade ocidental: a democracia, a disposição anatômica das esculturas artísticas, a organização republicana, entre outros pontos destacam a importância da Era Clássica. 

Povos da antiguidade clássica: gregos

A história da Grécia Antiga pode ser dividida em quatro períodos: pré-homérico, homérico, arcaico e clássico. Eles compreendem os momentos de crescimento, apogeu e declínio da civilização grega. 

Período pré-homérico

No período pré-homérico (XX a.C. – XII a.C.), a região grega foi ocupada por povos indo-europeus, como os jônios, os eólicos, os aqueus, e os dórios. Esses últimos tinham grande inspiração militar, que determinaram importantes acontecimentos na história da civilização.

Período Homérico

A época homérica (XII a.C. – VIII a.C.) é assim chamada porque as principais informações encontradas provêm das poesias escritas por Homero — a Ilíada e a Odisseia. Embora as obras tenham sido desenvolvidas no período arcaico (posterior), os acontecimentos se passam na fase homérica.

Com a influência dória, a organização da civilização grega modificou-se totalmente: a agricultura voltou-se para a subsistência e as atividades econômicas tinham mão de obra familiar. 

Além disso, pequenos grupos familiares passaram a se formar e deram origem ao que ficou conhecido como genos. Nesse contexto, os laços familiares, as relações religiosas, as lideranças e as regras eram determinados para cada grupo. 

Período arcaico

Na era arcaica da história grega, que vai de VIII a.C. até V a.C., os genos se desenvolveram para a formação de pólis — as famosas cidades-estados gregas, que possuíam autarquias, isto é, governo próprio. 

Outro ponto de destaque na cultura grega é a criação de uma identidade única: por meio de eventos como as olimpíadas e as peças de teatro, os gregos reforçaram seu lugar no mundo como povo e civilização.

É necessário ressaltar, ainda, que a Grécia não é uma nação com um território bem definido: os gregos são um povo reconhecido pela linguagem utilizada e por um modo de vida política peculiar para a vizinhança da época. 

Por fim, as principais cidades-estado, Atenas e Esparta, tiveram grande influência na sociedade ocidental atual. A democracia ateniense, os critérios de cidadania e a participação dos cidadãos inspiram o modelo político de diversos países, como podemos observar nas eleições brasileiras. 

Esparta, por sua vez, herdou o espírito guerreiro dos povos dóricos: a preparação militar acontecia precocemente para os nascidos do sexo masculino — pesquisas apontam que desde os 7 anos os meninos eram treinados para a guerra. 

O governo espartano era de cunho militar aristocrático. Enquanto isso, as mulheres se dedicavam à fertilidade e à administração da cidade na ausência das figuras masculinas. Com isso, contribuíram para o fortalecimento das ideias de expansão militar e a conquista territorial.

Além de toda a contribuição geopolítica, os gregos também dominaram a intelectualidade, filósofos como Platão, Aristóteles, Arquímedes, Demócrito, Leucipo, Tales de Mileto, Heráclito, entre outros, estão nos fundamentos da filosofia, geografia, matemática, atomística, astronomia e outras ciências.

Roma

Roma, por sua vez, pode ser considerada uma civilização expansionista. Por meio de seu lema “mareNostrum“, os romanos se dedicaram à conquista dos territórios que circundam o mar mediterrâneo.

A principal qualidade histórico-cultural do império romano está na perpetuação dos conhecimentos produzidos pelos gregos. A dominação de povos e territórios, somada à valorização dos princípios da Grécia Antiga fez com que a cultura grega se difundisse na região mediterrânea. 

Os romanos passaram diferentes maneiras de organização política. Entre os anos de 800 a.C. a 509 a.C., o regime era monárquico e patriarcal — onde a figura do Paterfamilias (pai de família) era predominante. 

Na época, o Paterfamilias era a figura de maior renome familiar — ele exercia controle e dominação sobre a mulher, filhos, servos, escravos. Além disso, as terras e todos os patrimônios estavam sob sua autoridade.

Posteriormente, entre 509 a.C. até 27 a.C., foi instalada uma república Romana, na qual havia um senado como grupo líder. Era composto pela elite proprietária de terras, também conhecida como patrícios. 

Diante das diferenças sociais, os indivíduos “comuns”, chamados de plebeus, se empenharam em manifestações. Com isso, asseguraram direitos como o fim da escravidão por dívida, a permissão do casamento entre plebeus e patrícios, etc. 

Nesse mesmo sentido, pessoas como Tibério e Caio Graco propuseram uma reforma agrária que alterasse a disposição de terras entre os romanos. As ideias não foram aceitas e os dois foram assassinados.

Depois desse período, de 27 a.C. até 476 d.C, desenvolveu-se o Império Romano. Embora tenha se perpetuado por muito tempo, a consolidação do cristianismo nessa época foi determinante para o declínio imperial.

Com as novas filosofias difundidas por Cristo, a escravidão, a distinção entre os povos e o politeísmo romano eram menos aceitos. As bases do Império Romano se enfraqueceram lentamente.

Além disso, uma crise política, econômica e agrária atingiu aquele povo. O tamanho do império não era equivalente para a manutenção de todas as áreas sociais necessárias. 

Uma “nova Roma” foi fundada, que seria posteriormente a cidade de Constantinopla, no Império Bizantino. A partir de todos esses fatores e com a invasão dos povos “bárbaros”, o Império Romano do Ocidente entra em ruína e decai no ano de 476 d.C.

Com toda sua história e desenvolvimento, o povo romano foi responsável pelo fortalecimento da arte como associação entre a arte e a beleza — os monumentos demonstravam a grandiosidade do Império. 

Perceba que tanto os gregos quanto os romanos perpetuaram ideias que são base para as sociedades ocidentais da atualidade. Dessa maneira, fica evidente que a antiguidade clássica é um ponto crucial na história da humanidade.

Veja uma aula didática e completa sobre esse assunto, assim você pode aprofundar seu conhecimento e ficará melhor preparado para as provas.

Questão de antiguidade clássica 

UEPG 2012

Atribuídos a Homero, são considerados os poemas mais antigos da literatura grega. Um narra a Guerra de Troia e outro narra a volta de Ulisses à sua terra depois de ter combatido em Troia. Identifique quais são esses poemas e assinale a alternativa correta.

a) Pólis e Mitologia.
b) Odisseia e Bíblia.
c) Ilíada e Acrópole.
d) Ilíada e Odisseia.
e) Odisseia e Antigo Testamento.

O poeta Homero descreveu características do período homérico da história grega em seus poemas A Ilíada e A Odisseia. Por isso, a alternativa correta é a letra D.

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