Egito Antigo: resumo, história, características e mais

Egito Antigo: resumo, história, características e mais

A sociedade do Egito antigo se desenvolveu de maneira avançada para os padrões da época. Por meio de uma centralização política e da agricultura, os indivíduos construíram patrimônios histórico-culturais para a humanidade. Veja abaixo mais informações sobre o egito antigo e um resumo sobre o que pode cair no seu vestibular

História do Egito Antigo

O Egito antigo foi uma civilização que se desenvolveu no período conhecido como Antiguidade Oriental. Essa época é estudada juntamente com sociedades como hebreus, fenicios, cretenses, mesopotâmicos, persas e outros. 

Os egípcios se instalaram na região do Nordeste da África, às margens do rio Nilo, um importante símbolo deste povo. 

Mapa do egito antigo resumo

Era pré-dinástica do Egito Antigo

A chegada de diversos povos para essa região permitiu a formação de pequenas comunidades chamadas de nomos. Cada nomo era autônomo em suas decisões,  como um Estado independente. 

Embora auto responsáveis, esses grupos se relacionavam entre si e, com o passar do tempo, tornou-se necessário unificar esses fragmentos de território. Formou-se, com isso, o Baixo Egito (norte) e o Alto Egito (sul) — por volta de 3.500 a.C.

A nomenclatura pode causar confusão, já que na cartografia é comum vermos o norte para cima e o sul para baixo. Eis aqui as motivações para a nomeação dos Egitos:

  • A parte sul do Egito Antigo estava próxima a montanhas e possuía maior altitude em relação a outra região — por isso o nome Alto Egito;
  • Já na porção norte, os níveis altimétricos eram menores, com a proximidade do mar mediterrâneo — aqui surge o termo Baixo Egito.

Alguns anos depois da divisão territorial, em cerca de 3200 a.C., o faraó Menés, do Alto Egito, uniu ambos os reinos. Ele foi a primeira autoridade a governar todas as comunidades do Egito Antigo. 

Assim, se findou a era pré-dinástica, que se estendeu desde a formação do Egito até a presença do primeiro faraó. 

Era Dinástica do Egito Antigo

Nos primeiros anos de dinastia faraônica, o poder foi consolidado e grandes nomes do Egito Antigo podem ser citados: Quéfren, Quéops e Miquerino — atribui-se que as famosas pirâmides de Gizé foram construídas em homenagem a esses homens. 

Depois de certa estabilidade política, começaram a explodir revoltas que enfraqueceram a autoridade faraônica e alteraram o equilíbrio político e social dos egípcios.

Nos 600 anos seguintes, os faraós dedicaram-se à reorganização do Egito Antigo e, inclusive, conquistaram novos territórios, como a Palestina.

No auge de sua nova sociedade, a civilização foi atacada por nômades asiáticos e ficou subjugada a eles por aproximadamente 170 anos. Os responsáveis por tal dominação foram os hicsos.

Novamente, os grupos egípcios se organizaram militarmente, se livraram do poder hicso e conquistaram uma sociedade mais coesa e organizada. Entretanto, a luta entre grupos das classes sociais mais altas resultou em um enfraquecimento geral da política.

Com todos esses altos e baixos, o Egito Antigo entra em decadência. Esse processo se finaliza com invasões de seu território pelos povos orientais, como hebreus, assírios, persas e alguns outros. 

Características do Egito Antigo

Economia

A organização econômica dos egípcios estava pautada no rio Nilo. O historiador grego Heródoto afirmou que “o Egito é a dádiva do Nilo”, o que mostra a importância do corpo hídrico para a estruturação dessa sociedade. 

A agricultura era a principal atividade realizada: os indivíduos compreendiam os regimes de cheia e de vazão do rio. Assim, realizam seu plantio e colheita conforme a máxima fertilidade do solo e a estiagem do clima.

Os produtos agrícolas como o linho, a cevada e o trigo eram comercializados. Além disso, desenvolveram-se atividades pecuárias nas proximidades do Nilo, que também eram importantes para o sustento da população.

Pode-se entender também que encontramos uma situação de determinismo geográfico, na qual os componentes naturais influenciam diretamente no comportamento das civilizações.

Sociedade 

A organização social do Egito Antigo não apresentava mobilidade entre as camadas — o nascimento determinava o seu lugar frente ao mundo egípcio. 

Nos melhores estratos estavam o faraó e sua família, os sacerdotes, os escribas e os estadistas. A aristocracia também obtinha grande prestígio social. Logo depois vinham os camponeses e, por último, as pessoas escravizadas pela guerra.

A escrita egípcia, denominada de hieroglífica, traz símbolos e figuras para transmitir palavras e ideias a partir das mais altas camadas da sociedade, que detinham o poder de veicular informações.

+ Veja também: Estratificação Social: o que é e como aparece nos vestibulares

Política

Como vimos no histórico do Egito Antigo, a centralização do poder é uma característica marcante da era dinástica. Com isso, o Estado representava uma instituição forte e autoritária, voltada para a figura do faraó.

O regime político vigente era uma monarquia teocrática: os egípcios acreditavam que o faraó era um intermediário entre os homens e os deuses. Nesse sentido, o poder faraônico era atribuído ao deus sol.

Cultura e Religião 

Por fim, em termos de cultura e religião, o Egito Antigo é reconhecido pelo politeísmo, a veneração de diversas divindades. Além disso, acreditavam no antropozoomorfismo dos deuses, ou seja, seres que possuíam características humanas e animais ao mesmo tempo.

Anubis, o deus da vida após a morte
Imagem: Reprodução/Wikimedia

Na imagem acima vemos uma representação do deus egípcio Anubis. Na crença desse povo, ele possuía corpo de humano e cabeça de chacal. Sua função celestial era conduzir os corpos na vida após a morte.

Muitas vezes, nos famosos rituais de mumificação e culto aos mortos, os cidadãos do Egito Antigo utilizavam máscaras de chacais para homenagear essa divindade. O objetivo desses rituais era conduzir uma “boa morte” ao cadáver — queriam uma longevidade e lutavam contra a finitude da vida. 

Em meio aos processos de embalsamamento das múmias, os egípcios desenvolveram técnicas e conhecimentos sobre o corpo humano e sua anatomia. Muitos desses métodos influenciaram no desenvolvimento da medicina, química, física e até farmacologia.

Outra evidência da importância da religião egípcia é a herança arquitetônica deixada: os gigantes templos e pirâmides aliavam a fé e a política, aumentando a autoridade do faraó frente ao povo governado.

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