bell hooks, pseudônimo de Gloria Jean Watkins, foi uma escritora, professora, teórica e ativista norte-americana reconhecida por sua atuação nos campos do feminismo, dos estudos raciais, da educação e da crítica cultural.
Suas principais obras são E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e feminismo (1981), Feminismo é para todo mundo (2000), Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade (1994) e Tudo sobre o amor: novas perspectivas (2000).
Seu trabalho foi e ainda é essencial nas lutas por igualdade, dignidade e liberdade, especialmente entre mulheres negras e comunidades marginalizadas ao redor do mundo.
Por sua importância, o Portal Estratégia Vestibulares preparou este artigo com 11 citações de bell hooks para usar nas redações. Confira abaixo!
Navegue pelo conteúdo
Quem foi bell hooks?
bell hooks, nascida Gloria Jean Watkins em 25 de setembro de 1952, em Hopkinsville, Kentucky, nos Estados Unidos, foi uma intelectual, escritora, professora e ativista norte-americana de destaque, cuja obra teve grande impacto nos campos do feminismo, estudos raciais, educação e cultura.
Ela adotou o pseudônimo “bell hooks” em homenagem à sua bisavó materna, e optou por escrever em letras minúsculas para colocar o foco nas ideias, e não em si mesma.
Criada em uma comunidade segregada, hooks teve desde cedo contato com as desigualdades raciais e de gênero, que marcaram sua trajetória intelectual. Estudou na Universidade de Stanford, onde concluiu sua graduação em Letras, e posteriormente obteve doutorado na Universidade da Califórnia, Santa Cruz.
Sua primeira obra de grande impacto foi E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e feminismo (1981), em que discute como o racismo e o sexismo afetam de maneira específica as mulheres negras, questionando a hegemonia branca no feminismo e a dominação masculina nos movimentos negros. Esse livro é considerado um marco nos estudos interseccionais.
Ao longo de sua carreira, publicou mais de 30 livros, entre eles Feminismo é para todo mundo (2000), Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade (1994), The Will to Change: Men, Masculinity, and Love (2004) e Tudo sobre o amor: novas perspectivas (2000). Sua escrita transitava com fluidez entre o ensaio acadêmico e a linguagem acessível, alcançando tanto leitores especialistas quanto o público geral.
hooks foi professora em diversas universidades, incluindo Yale, Oberlin College e Berea College, sempre engajada em uma pedagogia crítica que promovia a liberdade intelectual e o enfrentamento das opressões estruturais. Sua obra é marcada pelo compromisso com a transformação social e pela crença no amor como uma força revolucionária.
Ela faleceu em 15 de dezembro de 2021, mas seu legado permanece para os estudos feministas, antirracistas e decoloniais, inspirando gerações a refletirem sobre poder, opressão e liberdade.
1 – “Quando escolhemos amar, escolhemos nos mover contra o medo – contra a alienação e a separação. A escolha por amar é uma escolha por conectar – por nos encontrarmos no outro” – em Tudo sobre o amor: novas perspectivas (2000)
No livro Tudo sobre o amor: novas perspectivas, hooks propõe uma reflexão contra-hegemônica sobre o amor, rompendo com a visão romântica e passiva frequentemente vendida pela cultura midiática. Ela entende o amor como uma ação ética e transformadora, que só pode florescer quando há igualdade de poder e reconhecimento mútuo.
Na frase, bell hooks apresenta o amor como um ato de coragem e resistência. Amar, para ela, é uma decisão consciente de romper com o medo, o isolamento e as barreiras que nos separam uns dos outros.
2 – “Não pode haver amor sem justiça.” – em Tudo sobre o amor: novas perspectivas (2000)
Nesta citação, bell hooks afirma que o amor verdadeiro não pode existir sem a presença de justiça. Ou seja, o amor não é apenas um sentimento ou uma emoção, mas um compromisso ativo com o bem-estar do outro, que inclui respeito, equidade e responsabilidade.
3 – “Quando somos ensinados que a segurança está na semelhança, qualquer tipo de diferença parece uma ameaça.” – em Tudo sobre o amor: novas perspectivas (2000)
A frase trata da forma como a sociedade, especialmente por meio da educação e da cultura dominante, molda nossa percepção da alteridade. Quando crescemos acreditando que “ser igual” é o que garante aceitação e segurança, tendemos a rejeitar ou temer aquilo que é diferente. Isso alimenta preconceitos, intolerância e exclusões.
4 – “Uma mulher que fala de amor é suspeita. Talvez isso ocorra porque tudo que uma mulher esclarecida teria a dizer sobre o amor representaria uma ameaça direta e um desafio às visões que nos foram oferecidas pelos homens.” – em Tudo sobre o amor: novas perspectivas (2000)
bell hooks denuncia a desvalorização da voz feminina no debate sobre o amor. Historicamente, os homens definiram o que é o amor, muitas vezes associando-o à submissão feminina e ao sacrifício unilateral.
Quando mulheres começam a pensar e falar sobre o amor a partir de suas próprias experiências e com consciência crítica, elas expõem como essas definições serviram para controlar e silenciar. Por isso, são vistas como “suspeitas”, pois ameaçam uma ordem simbólica que favorece a dominação masculina.
5 – “Ao apoiar o sufrágio de homens negros e ao condenar as defensoras brancas dos direitos das mulheres, homens brancos revelaram a profundidade de seu sexismo – um sexismo que era, naquele breve momento da história dos Estados Unidos, maior do que o racismo deles.” – em E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e feminismo (1981)
bell hooks argumenta que, em determinado momento da história dos Estados Unidos,especialmente no pós-Guerra Civil, os homens brancos preferiram conceder o direito ao voto aos homens negros do que às mulheres, inclusive às mulheres brancas, demonstrando que o sexismo era, naquele contexto, uma força de opressão mais intensa que o racismo.
Ao chamar atenção para essa hierarquia entre as opressões, hooks demonstra como o sexismo operava de forma profunda e estrutural, e como o feminismo precisa levar em conta essas sobreposições entre raça e gênero para entender plenamente a exclusão das mulheres negras da história oficial das lutas por direitos.
6 – “Se qualquer mulher sentir que precisa de qualquer coisa além de si para legitimar e validar sua existência, ela já estará abrindo mão de seu poder de se autodefinir, de seu protagonismo.” – em O feminismo é para todo mundo (2000)
bell hooks defende a autonomia feminina como condição fundamental para a liberdade. Ela afirma que, quando uma mulher depende de validação externa, seja de um homem, da sociedade, da mídia ou de instituições, para se sentir legítima ou valiosa, ela perde o poder de definir a si mesma e posicionar-se e, com isso, abdica de seu protagonismo.
7 – “A academia não é o paraíso. Mas o aprendizado é um lugar onde o paraíso pode ser criado.” – em Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade (1994)
hooks não idealiza a academia, espaço muitas vezes marcado por racismo, elitismo e hierarquias, mas acredita que o ato de aprender (quando feito com afeto, diálogo e engajamento) tem o poder de romper barreiras, ampliar horizontes e gerar novas possibilidades de existência.
8 – “Enquanto mulheres usarem poder de classe e de raça para dominar outras mulheres, a sororidade feminista não poderá existir por completo.” – em O feminismo é para todo mundo (2000)
Ela enfatiza que a verdadeira sororidade, ou seja, a solidariedade e união entre mulheres, só será possível quando forem superadas as divisões internas causadas pelas desigualdades de classe e raça. Enquanto algumas mulheres usarem privilégios para oprimir outras, o movimento feminista estará incompleto e fragmentado.
9 – “A luta de classes está intrinsecamente ligada à luta pelo fim do racismo.”
hooks explica que as estruturas de opressão racial e de classe estão entrelaçadas, de modo que uma reforça a outra. Assim, ela propõe uma visão interseccional e estrutural da justiça social, sendo necessário combater simultaneamente o racismo, o classismo e o sexismo para construir uma sociedade verdadeiramente igualitária.
10 – “Desde do início do meu envolvimento com o movimento de mulheres fiquei incomodada pela insistência das mulheres brancas liberacionistas que a raça e o sexo eram duas questões separadas. A minha experiência de vida mostrou-me que as duas questões são inseparáveis, que no momento do meu nascimento, dois fatores determinaram o meu destino, ter nascido negra e ter nascido mulher.”
bell hooks relata seu desconforto com o feminismo branco liberal que tratava raça e gênero como questões paralelas ou independentes. Essa visão desconsiderava as experiências específicas das mulheres negras, que enfrentam um tipo particular de opressão, resultado da combinação entre discriminação racial e de gênero.
11 – “Ser oprimido significa a ausência de escolhas.”
bell hooks define a opressão como uma condição em que as pessoas não têm liberdade real de escolha sobre suas vidas. Estar oprimido é ser privado de autonomia, de alternativas, é viver dentro de limites impostos por sistemas de dominação.
Confira mais citações
- 8 citações de Angela Davis para usar na redação
- 9 citações de Ailton Krenak para usar na redação
- 7 citações de Milton Santos para usar na redação
- 7 citações de Lélia Gonzalez para usar na redação
- 7 citações de Carolina Maria de Jesus para usar na redação
- 7 citações sobre desemprego para usar na redação
- 11 citações sobre economia para usar na redação
- 7 citações sobre igualdade de gênero para usar na redação
- 15 citações sobre desigualdade social para usar na redação
- 7 citações sobre discriminação racial para usar na redação
Prepare-se para a redação com o Estratégia Vestibulares
Sabia que o Estratégia Vestibulares oferece correções ilimitadas de redações? Você estuda com nosso material e treina quantas vezes quiser, sempre recebendo o feedback sobre suas produções. Não é incrível?
Com os cursos da Coruja você se prepara para o vestibular com um material completo e atualizado, aulas dinâmicas e funcionais, além de contar com Banco de Questões, revisões de véspera, salas VIP, monitorias e muito mais.