7 citações sobre futebol feminino para usar na redação
Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2023 – Foto: CBF / Divulgação

7 citações sobre futebol feminino para usar na redação

Proibida no Brasil até 44 anos atrás, a modalidade busca espaço e valorização de suas atletas, que colecionam prêmios e recordes

A Seleção Brasileira Feminina de Futebol participa, em 2023, da sua nona Copa do Mundo. O Brasil é um dos poucos países a conquistar a classificação para todas as edições do torneio, mas ainda busca levantar a taça pela primeira vez.  

Ao longo das gerações que vestiram a amarelinha, a Seleção contou com nomes gigantes do esporte, como Sissi, Pretinha, Roseli, Formiga, Marta e Cristiane, responsáveis por recordes de gols e partidas, pela conquista de oito títulos da Copa América e de cinco medalhas olímpicas.

Mas nem sempre o futebol feminino foi glorioso no Brasil. Depois de passar décadas como ilegal por ideais patriarcais, a prática só foi regulamentada no País novamente em 1979. Para fins de comparação, a volante Formiga, que é a atleta — entre homens e mulheres — que mais disputou Copas do Mundo (sete, no total), nasceu em 1978, quando a modalidade ainda era proibida.

Já deu para entender que o assunto é muito mais do que 11 contra 11 durante 90 minutos, né? É por isso que o Portal Estratégia Vestibulares reuniu citações sobre futebol feminino para você usar como repertório sociocultural na redação. Confira:

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1 – “Ser destaque, em um esporte discriminado no Brasil, é um ato revolucionário.” – Cristiane

Em atividade desde 2005 e com passagens por diversos times do Brasil e do mundo, a atacante Cristiane é desde 2012 a maior artilheira de futebol — considerando homens e mulheres —  da história dos Jogos Olímpicos.

Em carta aberta para o filho Bento, publicada em 2021, a atleta refletiu sobre seu papel na consolidação e valorização do futebol feminino no Brasil, um País que ainda demonstra muito preconceito e resistência à modalidade: “Te escrevo para que sempre saiba: a tua mãe é uma mulher revolucionária”.

2- “O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais.” – Marta

Mundialmente consagrada como a maior jogadora de futebol da história, Marta ganhou seis vezes o prêmio de melhor jogadora do mundo, é a maior artilheira da história das Copas do Mundo, nas modalidades feminina e masculina. Além disso, na edição 2023 pode tornar-se a primeira pessoa a marcar gols em seis participações no torneio.

A frase da atacante foi um recado às jovens jogadoras, dado em entrevista logo após a eliminação do Brasil para a França na Copa de 2019. Na ocasião, Marta falou emocionada sobre o futuro do esporte em meio à desvalorização nacional.

3- “É preciso ter pessoas que saibam lidar com o futebol feminino, que saibam o que pode ser melhorado.” – Formiga

Em atividade aos 45 anos, a volante Miraildes — mais conhecida como Formiga — é a única pessoa da história a disputar sete edições da Copa do Mundo. Ao longo da carreira, a atleta conquistou duas vezes a medalha de prata nas Olimpíadas e foi vice-campeã mundial com a Seleção Brasileira.

Em entrevista ao portal Universa, em 2018, Formiga falou de seu desejo de voltar a atuar no Brasil, onde joga atualmente pela equipe do São Paulo, sua pretensão em criar uma escolinha de futebol e tornar-se técnica, e, claro, sobre a desvalorização e preconceito sobre o futebol feminino. 

Na frase, a volante destaca a necessidade de dirigentes na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que saibam tratar das necessidades da modalidade e possam alavanca-la.

4- “Era impossível viver a maternidade e a rotina de atleta ao mesmo tempo.” – Tamires

Única jogadora mãe entre as 23 convocadas para a Copa do Mundo de 2023, a lateral-esquerda Tamires precisou parar a carreira aos 21 anos, quando descobriu a gravidez acidental. Em entrevista ao jornal El País, em 2019, Tamires falou sobre os desafios de conciliar a maternidade e o trabalho.

Além das mudanças físicas e de desempenho, as jogadoras que vivem a maternidade precisam lidar com papéis sociais de cuidado parental que não são delegados aos homens, e consequentemente não influenciam em sua carreira no mundo esportivo.

Enquanto Tamires era a única mãe na Seleção na Copa de 2019 (e ainda é este ano), na Seleção Masculina que disputou o torneio de 2018, apenas seis, dos 23 atletas convocados, não eram pais.

5- “O país do futebol tem preconceito.” – Cristiane

Em 2016, quando atuava pelo Paris Saint-Germain, na França, Cristiane foi entrevistada pelo Globo Esporte em uma matéria sobre o Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, a atleta tratou do descaso com os times femininos no Brasil, conhecido mundialmente como País do futebol.

“Tem o pessoal que é machista sim. Algumas vezes você vê comentários nas redes sociais [do tipo]: ‘Por que existe o futebol feminino? Isso não serve para nada’. Eles não enxergam que é nosso trabalho para ganhar a vida e ajudar nossa família. O País do futebol tem preconceito”.

6- “Falam que o futebol feminino não dá retorno, mas há oportunidade para que tenha esse retorno? Não!” – Formiga

Ainda na entrevista para o Universa, Formiga foi questionada sobre a possibilidade de um dia uma mulher ocupar o cargo de presidente da CBF. Em meio a risos de ironia, a atleta desconfiou da possibilidade: “Se nem como atleta a gente tem essa aproximação ali dentro… Mas não é impossível. A gente tem que sonhar e tem que ir buscar, mesmo”.

Ao ser convidada a imaginar o que ela faria enquanto presidente, Formiga tratou de diversos pontos que poderiam ser aplicados para o beneficiamento do futebol feminino e finalizou com a frase que expõe os entraves das confederações no Brasil.


7- “No futebol feminino, é muito pouco o que ganhamos em comparação com o futebol masculino. Se eu jogasse futebol masculino, não ia precisar trabalhar nunca mais.” – Marta

Prestes a disputar a Copa do Mundo de 2019, a quinta de sua carreira, Marta deu uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo, e conversou com a reportagem sobre sua carreira e sobre o sexto prêmio de melhor jogadora do mundo, que havia acabado de conquistar de forma inédita nas modalidades feminina e masculina.

“Não tenho do que reclamar. Porém, no futebol feminino é muito pouco o que ganhamos comparado com o masculino. Não falta comida na mesa, não vivo mal, mas não tenho regalia. Se eu jogasse futebol masculino, não ia precisar trabalhar nunca mais. Se eu parar, precisarei ainda fazer alguma coisa”, relatou a jogadora sobre a desigualdade salarial entre os gêneros.

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