A História Geral é responsável por construir o panorama histórico das sociedades humanas no passar do tempo. Nela, são encontradas informações detalhadas sobre os períodos em que a escrita ainda não havia sido desenvolvida, além de percorrer as épocas até alcançar a contemporaneidade.
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Pré história
Período paleolítico
Nos estudos históricos, foi determinado que os indivíduos que se desenvolveram antes do nascimento da escrita estão inclusos na Pré história. Na primeira fase dessa época, o período paleolítico, utilizava-se a pedra lascada como principal ferramenta para a sobrevivência.
Os humanos ainda não tinham dominado os animais e a agricultura, por isso eles migravam de uma região para outra em busca de nutrientes e abrigo. Como comunicação, foram encontradas pinturas rupestres: desenhos em cavernas que transmitiam idéias para outros homens que circulavam naquele lugar.
Período neolítico
Com o passar do tempo, o homem adquiriu novas habilidades, como o domínio sobre o fogo e criação de ferramentas com pedras polidas, por exemplo lanças e pontas. Tais conhecimentos facilitaram a obtenção de alimentos para os humanos.
Com a dominação sobre a agricultura e os animais, os indivíduos puderam se estabelecer em uma determinada região, sem a necessidade do nomadismo clássico da época anterior. Dadas as grandes modificações ocorridas neste período neolítico, os historiadores consideram que houve uma “Revolução Neolítica”.
Antiguidade Oriental
Os historiadores classificam como Idade Antiga o período que aparece posteriormente ao surgimento da escrita e das civilizações. Os povos que se desenvolveram no norte da África e porções da Ásia se englobam na classificação de Antiguidade Oriental.
Esses grupos são, por exemplo, egípcios, mesopotâmicos, hebreus e fenícios. Povos que influenciam nossa sociedade até os dias atuais, seja em termos da cultura do Egito e seu domínio sobre a agricultura, a religião monoteísta dos hebreus ou a organização social dos babilônios, com códigos de lei de grande importância para o direito civil contemporâneo.
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Antiguidade Ocidental
Os povos que, em épocas primitivas, também desenvolveram civilizações e sociedades, como gregos e romanos, estão inclusos na Antiguidade Ocidental, também chamada de Antiguidade Clássica.
Sabe-se que a sociedade ocidental contemporânea sofreu fortes influências desses grupos. Como principais exemplos temos: os romanos com a organização republicana e as reivindicações políticas; ou os costumes da Grécia como a democracia ateniense, os deuses gregos e o militarismo espartano.
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Feudalismo
Com a queda do Império Romano do Ocidente, no século V da história, a humanidade entra na Idade Média. Nesse período, o principal sistema econômico europeu era o feudalismo: modelo no qual um dono de terras cedia pequenos terrenos para camponeses, que abasteciam a alimentação desse senhor feudal. Além disso, a Igreja Católica exercia forte controle sobre a sociedade com o Clero.
Por essas características, a pirâmide social do modelo feudal é considerada rígida, com pouca ou nenhuma possibilidade de mudança de estratos sociais. Observe no diagrama abaixo, como a Igreja está em uma posição superior, seguidos dos nobres detentores de terra, com os camponeses na camada mais baixa da estrutura social:
Império Bizantino
O Império Bizantino é resquício da sociedade romana e perdurou desde a Antiguidade até a Idade Média. Sua capital, Constantinopla, era considerada uma Nova Roma, dada sua forte influência sobre os territórios europeus.
Com grande tendência imperialista, esse Império se expandiu por várias porções da Europa e África. Para o controle de todos essas terras, foi necessária a criação de códigos legislativos e administrativos, como o “Corpus juris civilis”, que é conhecido atualmente como Código de Direito Civil, de grande importância para a sociedade em geral.
Renascimento
Com a queda do Império Bizantino, os conhecimentos desenvolvidos pelos povos da Antiguidade Clássica passaram a ser venerados. Nesse sentido, muitos intelectuais passaram a apoiar cada vez mais um renascimento da cultura clássica: grega e romana.
A valorização da razão, a dúvida em relação ao controle exercido pela Igreja, a valorização do homem como um ser pensante e com liberdades individuais são características marcantes daquilo que chamamos de período renascentista.
Expansão marítima
Durante o período moderno, com as mudanças sociais, os estudiosos se dedicaram ao entendimento do mundo em um panorama mais abrangente do que os territórios europeus. Diante disso, navegadores e intelectuais notaram que a viagem de barco poderia atingir outras porções do mundo.
Como curiosidade e baseados em causas mercantis, muitos homens saíram da Europa em busca das “Índias” e suas especiarias alimentícias. Nesse processo, o continente americano foi encontrado, com as expedições e Grandes Navegações que tentavam explorar cada vez mais essas terras “novas”.
Civilizações pré-colombianas
Com a expansão marítima europeia, foram conhecidos novos territórios e povos, principalmente na América. Por muito tempo esse encontro foi considerado início das civilizações americanas, entretanto, é importante ressaltar que haviam sociedades bem organizadas no continente muito antes da chegada dos colonizadores.
Os astecas, por exemplo, construíram uma cidade inteira em cima das águas, onde hoje se instala a Cidade do México, capital do país. Os incas deixaram marcas importantes na arquitetura, que podem ser visitadas na cidade de Machu Picchu, no Peru. Por último, os maias estão relacionados com a criação de sistemas de numeração, linguagem e percepção astronômica.
Reformas protestantes
Com as mudanças sociais e culturais, a influência da Igreja Católica era cada vez mais questionada. Uma das grandes dúvidas era em relação a autonomia dos indivíduos, afinal, os cidadãos comuns eram analfabetos e assistiam a missas em linguagem não compreensível, muitas vezes em outro idioma.
Por essa razão, perceberam-se certos abusos aplicados por alguns membros eclesiásticos, que utilizavam interpretações equivocadas das leituras religiosas para estabelecer controles sobre a população. Diante disso, Martinho Lutero foi o pioneiro de um movimento que propunha uma reforma religiosa, como um protesto contra os comportamentos da Igreja de sua época.
Mercantilismo
Em termos econômicos, com a queda do modelo feudalista com o surgimento da Idade Moderna, o sistema alterou-se para o mercantilismo. Nessa organização, o acúmulo de riquezas no território nacional marcava a grandeza monetária de cada nação.
Muito ligado ao momento histórico de questionamento e expansão marítima, o mercantilismo se tornou o motor do modelo de colonização europeia. O Brasil, por exemplo, foi alvo da política mercantilista, com a exploração de nossas riquezas naturais para a criação de valor econômico para os países colonizadores, como o pau-brasil.
Absolutismo
Durante os séculos XVI e XIX, houve o fortalecimento do absolutismo: organização política em que todo o poder deve ser centralizado nas mãos de um governante soberano — ele possuirá controle absoluto sobre as decisões políticas, sem a possibilidade de intervenção popular, por exemplo.
Posteriormente, muitos indivíduos se posicionaram contrariamente ao absolutismo, com a busca de um Estado mais “livre” ou liberal. Essa disputa entre absolutismo e liberalismo se concentrava na questão econômica, com a possibilidade de o mercado se autorregular, como teorizou o sociólogo Adam Smith.
Iluminismo
Em meio a Idade Moderna, principalmente durante o século XVIII, conhecido como século das luzes, os filósofos passaram a valorizar ainda mais a racionalidade, tanto na política, na economia e na religião.
Estudiosos como John Locke, Barão de Montesquieu e Voltaire são os principais nomes da corrente filosófica. A teoria dos três poderes, que criou a divisão do Estado em poder legislativo, executivo e judiciário, nasceu nessa época, por exemplo.
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Revolução Francesa
O fenômeno da Revolução Francesa foi marcante para a sociedade ocidental. Esse movimento popular lutou por mudanças na estrutura social, baseado em ideais iluministas e liberais que iam contra o absolutismo empregado na nação francesa.
Esse evento da História Geral marcou o fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea.
Revolução Industrial
Com as grandes mudanças sociais que aconteceram na época anterior, a organização econômica ocidental se afastava cada vez mais do mercantilismo. Com o fortalecimento do comércio e surgimento dos burgos, a sociedade sofria cada vez mais influência dessa classe social.
Nesse momento, surgiram máquinas, técnicas e conhecimentos que impulsionaram o movimento econômico das nações. Esse período histórico ficou conhecido como Revolução Industrial e aconteceu em diferentes etapas, com a mudança das tecnologias e aprimoramento das tecnologias.
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Imperialismo
Com o fortalecimento das indústrias, a necessidade de matérias primas era cada vez mais marcante nas sociedades. Dados os interesses econômicos e as marcas deixadas pela colonização européia ocorrida na Idade Moderna, as grandes nações industrializadas decidiram implantar um novo controle sobre outros continentes.
O imperialismo dos séculos XIX e XX atingiu principalmente territórios da África e Ásia, de onde eram retirados os materiais necessários para a indústria, onde foram construídos mercados consumidores e as políticas eram pautadas no modelo econômico capitalista.
Era napoleônica
No século XIX, após o fim da Revolução Francesa, um importante general assumiu o controle da sociedade francesa: Napoleão Bonaparte foi um líder revolucionário na história ocidental.
O período em que ele estava no poder, conhecido como Era Napoleônica, ficou marcado pela construção de códigos civis, desenvolvimento de monumentos históricos e interesses mercantis, por exemplo. Suas decisões atingiram outros continentes, como o Bloqueio contra a Inglaterra, que ocasionou a vinda da Família Real para o Brasil.
Congresso de Viena
Depois dos governos implantados por Napoleão Bonaparte e sua característica de expansionismo, grande parte da Europa estava com profundas modificações territoriais.
Diante disso, os líderes europeus se reuniram no Congresso de Viena, reunião em que foi discutida a reconfiguração da Europa como ela era antes da expansão bonapartista. Com medo da Revolução Francesa, os conservadores utilizaram as decisões para tentar conter movimentos revolucionários no continente.
Primeira Guerra Mundial
As grandes guerras mundiais foram marcantes acontecimentos da Idade Contemporânea: foram os primeiros conflitos que envolveram, ainda que indiretamente, países de todos os continentes.
A Primeira Guerra Mundial, que ocorreu entre 1914 e 1918, envolveu um embate direto entre dois grupos Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia) e Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria e Itália). Entre as causas, podemos citar o imperialismo capitalista, que foi aplicado compulsoriamente e aumentou a luta nacionalista dos indivíduos que sofriam com esse movimento.
Revolução Russa
Diante do cenário da Primeira Guerra Mundial, a Rússia passava por grandes crises sociais internas. Nesse sentido, líderes revolucionários se levantaram contra a permanência da nação no conflito.
Em meio a esse contexto, o país estava sob uma recém-industrialização, com operários trabalhando com grande carga horária e baixos salários. Isso gerou um sentimento de revolta que derrubou a monarquia russa e levou populares ao poder.
Crise de 1929
Com a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos assumiram a liderança econômica mundial, uma vez que foi o principal fornecedor de artigos bélicos para o conflito. Apesar disso, com o fim da guerra e a recessão econômica que atingiu os outros continentes, a produção industrial passou a sobrar.
A quantidade de excedentes influenciou outros setores da economia, culminando em uma maciça falência de empresas. A pior das consequências se deu quando a crise atingiu os Bancos e houve uma queda da Bolsa de Valores de Nova York, ocasião em que a sociedade colapsou economicamente, na conhecida Crise de 1929.
Segunda Guerra Mundial
Após a Primeira Guerra Mundial e Crise de 1929 as sociedades estavam cada vez mais temerosas, pois passaram por profundas mudanças bruscas. A percepção de instabilidade era cada vez mais marcante entre os indivíduos. Tal contexto favoreceu a ascensão de movimentos totalitários e ditatoriais em diversos pontos da Europa.
Diante desse cenário, a Segunda Guerra Mundial aparece como um estopim de movimentos de revanche contra os eventos antecedentes, ufanismo, expansionismo e fortalecimento de ideais étnicos, como se um povo fosse superior a outro.
+ Veja mais: Holocausto: o que foi, significado e contexto
Guerra Fria
Depois dos grandes conflitos do século XX, dois grandes sistemas econômicos passaram a disputar hegemonia no globo terrestre: o capitalismo, representado pelos Estados Unidos da América e o socialismo, sob influência da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) — esse cenário ficou conhecido como Guerra Fria.
Em busca de mostrar a soberania de seu modelo, cada uma dessas nações se aplicava nas ciências espaciais, desenvolvimento de armas e expansão da tecnologia. Além disso, como medidas de proteção, foram criados acordos de proteção mútua como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o Pacto de Varsóvia.
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Veja também:
- Crise de 1929: o que foi e como ocorreu?
- Segunda Revolução Industrial: contexto histórico e características
- Primeira Guerra Mundial: causas e fases!
- Segunda Guerra Mundial: resumo, causas e consequências
- Holocausto: o que foi, significado e contexto
- Revolução Mexicana: o que foi, causas, contexto, início, fim e questões!
- História do Brasil: principais eventos e panorama histórico