Maias: civilização, religião, economia e declínio

Maias: civilização, religião, economia e declínio

As civilizações americanas pré-coloniais foram muito minimizadas durante a história mundial. Entretanto, com o passar dos anos, muitos materiais históricos encontrados foram capazes de demonstrar uma organização social complexa nos primeiros povos americanos. Conheça, neste artigo do Estratégia, as organizações sociais, políticas e culturais dos maias

Como surgiu a civilização Maia?

A civilização maia surgiu na região da península de Yucatán, nas proximidades do atual México. Acredita-se que eles existiram entre 1500 a.C. até o século IX, o que os caracteriza como um povo pré-colombiano. 

Essa sociedade se organizava de modo muito especial, com o estabelecimento de linguagem, construções, arquitetura, matemática e outros feitos notáveis para a época.

Organização política e social dos Maias

A civilização maia constituiu uma sociedade estamental, onde as principais influências eram os imperadores, sacerdotes e líderes militares. Logo em seguida estavam posicionados os comerciantes e artesãos livres. O último estamento possuía os camponeses e escravos. 

Para melhor compreensão, observe a pirâmide social abaixo:

Pirâmide social - maias

Religião dos Maias

Os maias tinham uma religião de característica politeísta, adoravam os antepassados falecidos e participavam de rituais intermediados por seus espíritos. Desse modo, praticavam cultos com uso de alucinógenos e apresentavam sacrifícios humanos aos seus deuses. Assim, essa civilização enxergava o sangue como fonte de nutrição e oferenda para as divindades maias. 

Conforme estabeleciam contato com o universo e os cosmos, os maias desenvolveram modos de entender a astronomia, os pontos cardeais, as direções geográficas, entre outros. 

De certa forma, a religião era o direcionamento de todas as vertentes da civilização maia: a cultura, a economia, o conhecimento, a agricultura e os aspectos visíveis e invisíveis da sociedade eram norteados pelas forças sobrenaturais. 

Cultura da civilização Maia

A cultura maia é composta por uma rica arquitetura com uso de hieróglifos e artigos artesanais do período neolítico. Essas artes demandavam muita mão de obra e esforço, principalmente as obras de alvenaria de ordem residencial, administrativa e/ou religiosa. 

Além disso, a arte maia era voltada para a elite e os estamentos mais altos da sociedade. Geralmente, os artigos eram constituídos de cerâmica e coloridos em tons de verde e azul – característica principais do espírito artístico dessa civilização. Além da escultura cerâmica, os artesãos  trabalhavam ossos, madeira, conchas e  metais nobres (ouro, prata e bronze) – sobretudo após o desenvolvimento da metalúrgica maia. 

Em outros aspectos, o povo maia desenvolveu o sistema linguístico mais complexo e desenvolvido da América pré-colombiana. Essa linguagem era composta de símbolos que se assemelham aos hieróglifos egípcios – geralmente registrados com tinteiros adequados à época. Ela foi descoberta pois ficou registrada em textos, obras, nas paredes, documentos políticos e relatos das relações comerciais.

Conforme citado anteriormente, os maias tinham uma inclinação para a astronomia. Justamente por isso possuíam um calendário próprio em que registravam eventos celestes, como ciclos solares e lunares, eclipses e a movimentação de astros. Por exemplo, eles criaram um calendário com 360 dias por ano, muito semelhante ao utilizado por nossa sociedade atualmente.

Já o sistema matemático maia era vigesimal, ou seja, um sistema de base 20. Nesse caso, os maias criaram ferramentas de contagem como barras e pontos que representavam números e possibilitam cálculos completos – inclusive com o símbolo que indicava a ausência (zero). Veja abaixo os primeiros números conforme o padrão maia:

sistema numeral - maias - EV

Economia Maia

O comércio era um pilar para a sociedade maia. Os principais produtos comercializados eram de origem agrícola, como o algodão para o artesanato têxtil da região, o cacau, o urucum e outras mercadorias. 

As camadas mais altas da sociedade realizam as trocas comerciais luxuosas, utilitárias e objetos de prestígio social. Como centros de comercialização, os colonizadores registraram a possível existência de mercados de alvenaria nas cidades maias. 

A agricultura era realizada em espaços como terraços, jardins e campos grandes. De forma que também se destinava à subsistência da população, que possuía uma dieta baseada em milho, mandioca, sementes de algodão, feijão, pimentão, tomate e abóbora – alimentos típicos da região mesoamericana. 

Declínio e fim da civilização Maia

Pesquisadores acreditam que a civilização maia se extinguiu após a ocorrência de fenômenos climáticos e geológicos que culminaram em fome, epidemias e guerras entre as cidades da civilização.

A sociedade maia não teve contato direto com os colonizadores europeus, uma vez que sua extinção ocorreu antes mesmo das grandes navegações e expedições colonizadoras encontrarem a América Central.

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