7 questões sobre imperialismo que já caíram nos vestibulares e no Enem

7 questões sobre imperialismo que já caíram nos vestibulares e no Enem

Entenda a importância do assunto nas provas e veja como ele pode pintar nos vestibulares nacionais

O imperialismo, fenômeno que ganhou força no século XIX e se estendeu até o século XX, configurou-se por uma série de práticas de dominação envolvendo aspectos econômicos, políticos, culturais e sociais dos povos subjugados.

O principal motor dessa expansão foi a busca por novos territórios que servissem tanto como mercados consumidores quanto como fontes de matérias-primas. Com o avanço da Revolução Industrial, a influência das potências da época sobre as relações internacionais se intensificou.

Nesse contexto, os países industrializados se impuseram como superiores em relação às nações menos desenvolvidas, que passaram a consumir os produtos fabricados na Europa. 

O resultado foi a formação de uma rede de dependência e exploração: enquanto as regiões pobres forneciam insumos para as indústrias europeias, tornavam-se cada vez mais subordinadas às dinâmicas impostas pelas mesmas.

A Europa, portanto, assumiu um papel central no processo imperialista, liderando a ocupação e o domínio de vastos territórios fora de seu continente. África, Ásia e América foram os principais alvos dessas ações, moldando um cenário de profundas desigualdades que deixaria marcas duradouras na história mundial.

O Portal Estratégia Vestibulares listou 7 questões sobre imperialismo que já caíram em vestibulares nacionais, inclusive no Enem, com respostas extraídas dos nossos professores pelo Banco de Questões da plataforma do EV. Confira!

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Enem (2005)

Um professor apresentou os mapas ao lado numa aula sobre as implicações da formação das fronteiras no continente africano.

Com base na aula e na observação dos mapas, os alunos fizeram três afirmativas:  

I – A brutal diferença entre as fronteiras políticas e as fronteiras étnicas no continente africano aponta para a artificialidade em uma divisão com objetivo de atender apenas aos interesses da maior potência capitalista na época da descolonização.
II – As fronteiras políticas jogaram a África em uma situação de constante tensão ao desprezar a diversidade étnica e cultural, acirrando conflitos entre tribos rivais.
III – As fronteiras artificiais criadas no contexto do colonialismo, após os processos de independência, fizeram da África um continente marcado por guerras civis, golpes de estado e conflitos étnicos e religiosos.

É verdadeiro apenas o que se afirma em

A l
B ll
C lll
D l e ll
E ll e lll

Resposta:

A questão apresenta dois mapas e nos pede para fazer uma comparação entre eles. O segundo mapa mostra a divisão da África segundo seus grupos étnicos, ou seja, como o território se organizava antes da colonização europeia. O primeiro retrata a divisão do continente pelas potências imperialistas. Comparando as duas imagens, percebemos que não houve qualquer preocupação ou cuidado em manter a diversidade e a particularidade do continente africano. Algumas fronteiras foram feitas claramente com uma régua. Isso configura um problema pois, ao ignorar os conflitos pré-existentes, cria-se uma tensão entre tribos rivais. Além disso, as décadas de colonização também contribuíram para acirrar os atritos entre grupos diferentes que, na maior parte das vezes, estimulados pelos colonizadores. Por fim, é importante pontuar que, mesmo após as guerras de independência, essas fronteiras foram mantidas. Assim, boa parte das questões vividas hoje na África como golpes de Estado, conflitos étnicos e religiosos e guerras civis têm origem no neocolonialismo e na divisão artificial do continente africano. Tendo isso em mente, já sabemos que as proposições II. e III. estão corretas. Vamos olhar a primeira de qualquer forma:

I. Incorreta. A proposição erra ao reduzir o problema apenas ao interesse de uma potência, quando, na verdade, um dos grandes problemas é a disputa por áreas de influência, que envolveu diversas nações, em especial Estados Unidos e União Soviética.

Como apenas II e III estão corretas, gabarito é letra E

Alternativa correta: E

UEA (2015)

A colonização da África pelos países europeus transformou, em muitos aspectos, a sociedade africana tradicional. Um conjunto de modificações materiais, como estradas, vias férreas, portos, barragens, explorações do solo e dos subsolos, foi incorporado ao curso da penosa prova da dominação colonialista e é, atualmente, racionalmente empregado pelas sociedades locais.

(Fernand Braudel. Gramática das civilizações, 1987. Adaptado.)

O excerto descreve uma espécie de contradição do domínio capitalista nas regiões africanas, considerando que 

A as nações imperialistas tinham como objetivo incorporar as nações africanas ao conforto e à segurança da civilização capitalista. 
B as tribos africanas se aliaram aos governos dos países industrializados com a finalidade de modificarem seus costumes ancestrais. 
C a extração das riquezas conduziu a um desenvolvimento material que permaneceu nas experiências históricas das sociedades africanas.
D a pacificação dos povos africanos pelos Estados dominadores foi o início da união militar e política do continente. 
E a criação de idiomas nacionais pelos imperialistas foi o fator que conduziu ao aparecimento das artes nas culturas africanas.

Resposta:

A questão tem como tema o neocolonialismo europeu na África. O texto apresenta um posicionamento crítico sobre esse momento histórico. Segundo ele, as transformações promovidas pelos europeus impactaram de diversas maneiras às sociedades africanas. Para o autor, o desenvolvimento material, proveniente da extração das riquezas do continente, permeou e permaneceu nas experiências históricas dessas sociedades. De maneira que houve uma desestruturação cultural na África. Com isso, vejamos as alternativas:

A – Incorreta. Em primeiro lugar, as nações africanas passaram a integrar a economia capitalista como uma consequência da expansão econômica europeia, isso nunca foi o objetivo. Ademais, o capitalismo não é seguro e confortável.

B – Incorreta. Os países industrializados impuseram, por meio de suas práticas imperialistas, uma modificação cultural nos costumes ancestrais das sociedades africanas.

C – Correta, conforme discutimos anteriormente.

D – Incorreta. Não ocorreu uma pacificação e sim uma dominação sobre o continente africano.

E – Incorreta. As culturas africanas sempre produziram arte. A imposição dos idiomas só foi mais uma forma de dominação.

Alternativa correta: C

Fuvest (2016)

A exploração da mão de obra escrava, o tráfico negreiro e o imperialismo criaram conflitivas e duradouras relações de aproximação entre os continentes africano e europeu. Muitos países da África, mesmo depois de terem se tornado independentes, continuaram usando a língua dos colonizadores. O português, por exemplo, é língua oficial de

A Camarões, Angola e África do Sul.
B Serra Leoa, Nigéria e África do Sul.
C Angola, Moçambique e Cabo Verde.
D Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão.
E Camarões, Congo e Zimbábue.

Resposta: 

Esta é uma questão factual. Em outras palavras, é uma questão bem objetiva no que pede. 

Entre os países africanos que foram colonizados por Portugal estão Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe, todos eles têm o português como língua oficial até os dias de hoje. Portanto, a alternativa certa é a “c”, pois é a única que apresenta três destes países.

Alternativa correta: C

Enem (2021)

Ata Geral da Conferência de Bruxelas, 2 de julho de 1890

As potências declaram que os meios mais eficazes para combater a escravatura no interior da África são os seguintes:

1° — A organização progressiva dos serviços administrativos judiciais, religiosos e militares nos territórios da África, colocados sob a soberania ou sob protetorado das nações civilizadas;
2° — O estabelecimento gradual no interior, pelas potências de quem dependem os territórios, de estações fortemente ocupadas, de maneira que a sua ação protetora ou repressiva possa se fazer sentir com eficácia nos territórios assolados pela caçada ao homem. 

Disponível em: www.fd.unl.pt. Acesso em: 21 jan. 2015.

No contexto da colonização da África do século XIX, o recurso ao argumento civilizatório apresentado no texto buscava legitimar o(a):

A estabelecimento de governos para a constituição de Estados nacionais.
B submissão de espaços para alterar as relações de produção.
C delimitação de jurisdições para bloquear a expansão capitalista.
D defesa do continente para encerrar as contínuas guerras civis.
E reconhecimento da alteridade para preservar as práticas tribais.

Resposta:

Antes de tudo, note que o documento apresentado é do ano de 1890. Trata-se de um registro de uma reunião feita entre representantes das principais potências europeias daquela época. É importante lembrar que, nesse contexto, a Europa vivia o apogeu da Segunda Revolução Industrial. Como consequência, as potências europeias aumentavam sua demanda por fornecedores de matérias-primas e mercados consumidores para suas indústrias. Porém, elas já não podiam contar com suas colônias na América, pois desde o fim do século XVIII houve uma série de movimentos e revoluções que tornou a maioria delas independentes àquela altura do campeonato. Então, os europeus se voltaram para a África (e também a Ásia), onde fundaram novas colônias ou pressionaram governos locais a aceitar novas condições de produção e comércio. Com isso, tinha início uma nova fase de colonialismo, chamada também de neocolonialismo ou imperialismo. Paralelamente, os europeus se esforçaram para fabricar discursos que legitimassem seu direito de impor sua dominação econômica, política, militar e/ou cultural sobre os demais continentes. Por exemplo, o darwinismo social e as teorias raciais, que argumentavam que os europeus eram geneticamente superiores aos demais povos. No caso do documento aqui exposto, trata-se da ideologia conhecida como “fardo do homem branco”, segundo a qual os europeus tinham a missão de levar a civilização a todos os grupos humanos. 

A – Incorreta. Os europeus não queriam que se formassem Estados nacionais na África, mas que os Estados europeus (as nações civilizadas) criassem mecanismo institucionais para garantir seu controle sobre os territórios africanos.

B – Correta! Como destaquei antes, os europeus precisavam de novos fornecedores de matérias-primas e mercados consumidores para suas indústrias em expansão. Portanto, eles tinham que submeter outros territórios à sua lógica econômica para que eles dessem conta de prestar esses papéis. Por isso, no documento, vemos determinações que estabelecem mecanismos que não só garantam o controle desses espaços, mas também a alteração das relações econômicas neles.

C – Incorreta. Pelo contrário, os europeus queriam favorecer a expansão capitalista na África, sob direção das “nações civilizadas”.

D – Incorreta. Muitas vezes as guerras civis entre as populações africanas eram vantajosas para os europeus. Portanto, não havia a intenção de extingui-las completamente.

E – Incorreta. Influenciados pelas teorias raciais, os europeus não reconheciam grande parte dos costumes e práticas nativas da África como uma cultura genuína. Para os agentes imperialistas, os povos africanos nem sequer tinham história, pois a maioria deles não mantinha registros escritos. Dessa forma, a exploração econômica esteve acompanhada da dominação cultural, na qual valores e costumes europeus foram impostos às populações africanas.

Alternativa correta: B

UFU (2014)

Pouco antes de a Guerra Civil quase dividir os EUA em dois, o Exército imperial da Rússia enfrentou os Exércitos aliados da Grã-Bretanha, França e Império Otomano nos campos de batalha da Península da Crimeia, naquela que se tornou a primeira guerra moderna. Os campos de batalha da Crimeia testemunharam um terrível fato: 25 mil britânicos, 100 mil franceses e um milhão de russos morreram. A carnificina só não foi maior porque os avanços na área militar não haviam chegado para todas as partes do conflito. Este confronto também foi o primeiro a ser coberto em tempo real pelos jornalistas, que enviavam suas informações por telégrafo para Londres, Berlim e Paris. E as notícias não chegavam apenas em palavras, mas também em imagens pelas fotografias de Roger Fenton. Hoje, a Crimeia, península ao sul da Ucrânia, retorna ao noticiário. 

GROLL, Elias; FRANKEL, Rebecca. “Era uma vez a Guerra da Crimeia”. Jornal Estado de São Paulo. Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,era-uma-vez-a-guerra-da-crimeia,1137711,0.htm>. Acesso em: 18 mar. 2014. (Adaptado) 

A Guerra da Crimeia, ocorrida entre os anos de 1854 e 1856, marca o momento de tensões e mudanças internas dentro do sistema de relações internacionais entre as grandes potências europeias, acentuadas nos Bálcãs e no Oriente a partir do desmembramento do império turco-otomano. Sua definição enquanto “guerra moderna” deriva, entre outras coisas,  

A do processo de expansão da segunda revolução industrial e suas consequências no campo político, bélico e de comunicação.
B do uso de diversas técnicas de guerra usadas pelos aliados franceses e britânicos, tais como a blitzkrieg e tecnologias aéreas.  
C do caráter geral do conflito, envolvendo diversas potências mundiais por questões imperialistas, fato que não voltará a ocorrer até 1939.  
D do caráter embrionário da polarização ideológica entre potências capitalistas e o Império Russo, já influenciado pelo ideário marxista.

Resposta: 

A – Correta. A Guerra da Crimeia foi um conflito que opunha às pretensões econômicas, territoriais do Império Russo à coligação formada por Inglaterra, França, Sardenha e o decante Império Turco-Otomano. Tinha como pano de fundo a “Segunda Revolução Industrial”, ocorrida no século XIX, e seu processo de expansão, que provocou disputas econômicas e territoriais entre as principais potências.  

B – Incorreta. A blitzkrieg foi uma tática alemã utilizada na Segunda Guerra Mundial.

C – Incorreta. Um dos conflitos que levaram à Primeira Guerra Mundial se refere às disputas imperialistas. 

D – Incorreta. O marxismo só exerceria influência na Rússia a partir da Revolução Russa de 1917. 

Alternativa correta: A

Uema (2019)

A atual República Democrática do Congo foi dominada a partir do século XIX por Leopoldo II, da Bélgica, governante do Estado Livre do Congo, entre 1885 a 1908. Esse fato está inserido no Imperialismo europeu, na chamada Partilha da África. Sobre o domínio colonial do Congo, neste período, é possível afirmar que

A os colonizadores valorizavam a superioridade do homem branco, com o propósito central de levar a cultura e os conhecimentos para aqueles povos, visando a educar as populações africanas, motivo pelo qual praticaram violência, com o uso da mutilação.
B o homem branco considerava que carregava um verdadeiro fardo porque tinha o propósito filantrópico de levar a civilização e o progresso para os países africanos, pois se utilizavam da violência e do trabalho missionário para cristianizar o africano.
C o tratamento dado às populações africanas, embora caracterizado por conflitos e por violências, com mutilações, mostra a preocupação dos europeus em levar melhorias do capitalismo a esses povos, tais como, as ferrovias, o telégrafo e a eletricidade.
D a ideologia da superioridade do homem branco tinha por objetivo a preocupação como desenvolvimento sustentável dos países da África, no que encontrava a rebeldia dos próprios africanos, resultando em conflitos e em mutilações.
E a população do Congo resistiu à dominação realizada pela Bélgica, que tinha o objetivo de explorar as riquezas e o trabalho locais, por isso os habitantes da região foram tratados de forma violenta pelos colonizadores, com a prática de mutilação do nativo.

Resposta: 

A – Incorreta. A ideologia de superioridade racial foi usada como justificativa para o domínio europeu, mas o objetivo central no Congo era a exploração econômica de riquezas naturais, como borracha e marfim. A violência extrema, incluindo a mutilação, não teve como propósito educar ou levar cultura, mas sim impor submissão às populações locais.

B – Incorreta. A ideia do “fardo do homem branco”, embora usada como retórica para justificar a colonização, não corresponde à realidade do Congo, onde o domínio belga foi caracterizado por extrema exploração e brutalidade. O trabalho missionário existia, mas era secundário em relação ao interesse econômico e à violência sistemática praticada.

C – Incorreta. Infraestruturas como ferrovias e telégrafos foram construídas no Congo, mas exclusivamente para atender à exploração econômica pelos colonizadores. A violência extrema e as mutilações evidenciam o desprezo pelos africanos, contrariando a ideia de preocupação com o desenvolvimento local.

D – Incorreta. Não houve qualquer preocupação com o desenvolvimento sustentável no Congo sob Leopoldo II. O objetivo principal era a exploração intensiva de recursos naturais, e a violência, incluindo mutilações, servia para subjugar as populações locais e garantir a produção, não como resposta à rebeldia.

E – Correta. O Congo foi submetido a um regime de exploração extrema sob Leopoldo II, com práticas como o trabalho forçado, mutilações e repressão violenta. Apesar disso, houve resistência local contra essa dominação, que era motivada pela busca de riquezas e pela exploração da mão de obra africana.

Alternativa correta: E

UFPR (2025)

[…] ninguém coloniza inocentemente, ninguém coloniza impunemente; uma nação colonizadora, uma civilização que justifica a colonização – portanto a força – já é uma civilização doente, uma civilização moralmente atingida […]. Colonização: uma cabeça de ponte, em uma civilização, da barbárie que, a qualquer momento, pode levar à pura e simples negação da civilização.

Césaire, A. Discurso sobre o Colonialismo. São Paulo: Veneta, 2020. p. 21. Adaptado.

Esse texto, publicado originalmente por Aimé Césaire em 1950, denuncia as violências do colonialismo europeu e seus efeitos morais tanto para o mundo colonizado quanto para a Europa. A respeito do colonialismo europeu na África e seu legado para o continente no século XX, assinale a alternativa correta.

A As classificações étnico-raciais e o estabelecimento de fronteiras arbitrárias por parte das metrópoles ajudam a explicar diversos conflitos civis em países africanos formados após o processo de descolonização.
B A captura e o tráfico de pessoas escravizadas, intensificados entre os séculos XIX e XX, ajudaram a criar um clima de violência que deu origem aos governos ditatoriais e guerras civis no continente africano.
C A interdição para a construção de ferrovias e escolas, por parte das metrópoles, barrou o desenvolvimento econômico de diversos países africanos, ocasionando crises de fome após a descolonização.
D A proibição de missões catequizadoras cristãs, condutoras de uma doutrina igualitária e universalista, abriu espaço para o surgimento de discriminações raciais e econômicas na formação de países africanos.
E O recrutamento de soldados africanos durante a Segunda Guerra interrompeu a implementação da democracia na África por parte das metrópoles colonialistas, o que ocasionou o surgimento de governos autoritários e da violência interétnica.

Resposta: 

A – Correta. O colonialismo europeu na África impôs fronteiras artificiais que desconsideravam as divisões étnicas e culturais locais. Essa demarcação arbitrária, muitas vezes forçada durante a Conferência de Berlim (1884-1885), e as divisões étnico-raciais criadas pelos colonizadores fomentaram tensões que explodiram em conflitos civis após a descolonização, como ocorreu em Ruanda e na Nigéria​​.

B – Incorreta. O tráfico de escravos na África foi mais intenso entre os séculos XV e XIX, e embora a escravidão tenha tido um impacto significativo na história do continente, os governos ditatoriais e as guerras civis surgiram principalmente como resultado das condições pós-coloniais e do neocolonialismo, e não diretamente do tráfico de escravos nesse período.

C – Incorreta. Embora o desenvolvimento econômico da África tenha sido prejudicado pelo colonialismo, muitas metrópoles construíram infraestrutura, como ferrovias, para extrair recursos do continente. No entanto, a construção visava atender aos interesses coloniais, e não o desenvolvimento das populações locais. Além disso, a crise de fome após a descolonização foi causada por uma combinação de fatores, incluindo a exploração colonial e políticas agrícolas inadequadas, mas não pela ausência de infraestrutura como ferrovias e escolas.

D – Incorreta. As missões cristãs não foram proibidas; na verdade, foram incentivadas durante o período colonial como uma forma de “civilizar” os povos africanos, segundo a visão europeia. Essas missões, no entanto, muitas vezes contribuíram para a imposição de valores ocidentais e não impediram as discriminações raciais e econômicas, que já eram parte integrante do sistema colonial.

E – Incorreta. Embora muitos africanos tenham lutado na Segunda Guerra Mundial, o surgimento de governos autoritários e a violência interétnica após a descolonização foram mais relacionados às estruturas coloniais mantidas pelas potências europeias e à forma como a independência foi concedida, sem uma transição democrática adequada. A Segunda Guerra Mundial acelerou o processo de descolonização, mas não foi o recrutamento de soldados que impediu a democracia.

Alternativa correta: A

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