O termo Brasil Colônia representa o período desde a chegada dos portugueses nas américas, em 1500 até o ano de 1822, quando a independência do Brasil foi declarada. Foram, portanto, 322 anos de dominação da coroa portuguesa no território brasileiro.
Nesse período aconteceu uma série de atividades que envolvem criação de cidades, uso de mão de obra escrava de forma massiva, extermínio indígena e a exploração da biodiversidade local, além da instalação de novas culturas, como a cana de açúcar, por exemplo.
Outro ponto importante foi a expansão territorial do que era considerado português e o que deveria ser considerado espanhol, segundo o Tratado de Tordesilhas, firmado entre os dois países.
O Portal Estratégia Vestibulares listou algumas questões sobre o Brasil Colônia e que demonstram a importância do período para a formação do País e, consequentemente, da História do Brasil. Confira as respostas com resoluções dos nossos professores, diretamente do Banco de Questões do EV. Vamos lá?
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Enem (2018)
A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação heroica.
VAINFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n.27,2009.
O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a).
A fraqueza bélica dos protestantes batavos.
B comércio transatlântico da África ocidental.
C auxílio financeiro dos negociantes flamengos.
D diplomacia internacional dos Estados ibéricos.
E interesse econômico dos senhores de engenho.
Resposta:
Essa é uma questão de interpretação de texto. Como se vê no fragmento acima, a elite proprietária da capitania de Pernambuco comemorou a decisão de anulação das dívidas com os holandeses, o que mostra suas motivações econômicas de se unirem nas chamadas “guerras brasílicas”.
Assim sendo, a alternativa E é a correta.
Alternativa correta: E
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UFRGS (2024)
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, com relação ao período colonial no Brasil.
( ) A cana-de-açúcar foi um dos elementos importantes da economia na América Portuguesa, no século XVI, baseada, entre outros fatores, na mão de obra de pessoas escravizadas.
( ) Diferentes movimentos, como os ocorridos em Minas Gerais e na Bahia, no século XVIII, explicitam que houve resistência à dominação portuguesa.
( ) A coroa portuguesa, no século XVIII, com a extração de ouro nas Minas Gerais e o aumento da fiscalização, conseguiu banir o contrabando nas terras dominadas.
( ) A vinda da Família Real portuguesa, no início do século XIX, não está relacionada à crise do sistema colonial e à crise do antigo regime.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
A F – V – V – V.
B V – V – F – V.
C V – V – F – F.
D V – F – V – F.
E F – F – V – V.
Resposta:
Alternativa correta: C
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Fuvest (2022)
O IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro envidaram esforços no sentido de deixar exposta para a contemplação da população parte do Sítio Arqueológico do Cais do Valongo, com o objetivo de apresentar ao visitante, através daquele pequeno, mas representativo espaço, a materialização do momento mais trágico da nossa história, fazendo com que ele não seja esquecido. (…)
A história do Cais do Valongo e do seu entorno está indissoluvelmente ligada à história universal, por ter sido a porta de entrada do maior volume de africanos escravizados nas Américas. O Rio de Janeiro era, então, a mais afro-atlântica das cidades costeiras do território brasileiro (…).
Disponível em http://portal.iphan.gov.br/.
O texto integra a proposta elaborada pelo IPHAN, em 2016, para inscrição do Sítio Arqueológico do Cais do Valongo na lista do Patrimônio Mundial. Com base no documento, a história do Cais do Valongo se entrelaça à história universal, pois se relaciona ao
A tráfico de africanos escravizados para a América de colonização portuguesa.
B Rio de Janeiro como única cidade escravista das Américas na época colonial.
C trabalho de escavação realizado por arqueólogos estrangeiros no passado.
D fluxo de escravizados do Brasil para outras partes das Américas, após as independências.
E esforço do IPHAN para silenciar a história da escravidão no mundo atlântico.
Resposta:
Aqui temos uma questão de interpretação de texto, cujo tema específico são as políticas de patrimônio cultural. Lembre-se que um patrimônio cultural são todos aqueles bens culturais selecionados por um povo ou instituição para ser preservado e comemorado como algo definidor de sua história e cultura. No Brasil, o IPHAN é o órgão público responsável pela identificação, catalogação e preservação desses patrimônios, que podem ser classificados como: patrimônios materiais (pinturas, esculturas, arquitetura, instrumentos musicais, entre outros artefatos físicos); patrimônios imateriais (danças, músicas, lendas, receitas culinárias, modo de fabricação de determinado produto, etc.); patrimônio ecológico (paisagens naturais e biomas importantes para a manutenção dos ecossistemas regionais). Sabendo disso, já fica mais compreensivo a razão do IPHAN considerar o Sítio Arqueológico do Cais do Valongo, onde se dava um dos maiores mercados de escravizados da América, como um patrimônio cultural brasileiro. A escravidão e o tráfico marcaram profundamente a história brasileira, influenciando a formação da sociedade mesmo após a decretação de seu fim. Entretanto, o enunciado destaca que o texto fez parte de uma requisição do IPHAN a órgãos internacionais para que o local fosse reconhecido como um Patrimônio Mundial. Vejamos ao que essa atitude se relaciona, com base no que é informado pelo texto:
A – Correta! Nas últimas três linhas do texto o autor fala isso com todas as letras, mas… Em outras palavras, o antigo Cais do Valongo é um ponto de conexão entre a história nacional do Brasil e a história universal, uma vez que o tráfico envolvia diferentes reinos, países e populações, causando grande impacto na formação cultural de todos os envolvidos.
B – Incorreta. O autor se limita a afirmar que o Rio de Janeiro é a cidade mais afro-atlântica da costa brasileira, isto é, com mais africanos que cruzaram o Atlântico e seus descendentes. Seria um grande erro afirmar que a capital carioca era a única cidade escravista das Américas no período colonial, pois isso é mentira. Todas as cidades do Brasil foram escravistas até a década de 1880, muitos anos depois de império já era independente de Portugal. No resto das colônias europeias também havia muitas cidades escravistas, com destaque para as cidades haitianas, norte-americanas e antilhanas, onde a escravidão africana era mais presente como no caso brasileiro.
C – Incorreta. O valor arqueológico da região do antigo Cais do Valongo foi reconhecido quando foram redescobertos dois ancoradouros do período imperial, durante as escavações realizadas para as obras de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro, em 2011. A partir de então, o IPHAN e a prefeitura do Rio de Janeiro deram início ao protocolo para que o local passasse a ser considerado um sítio arqueológico e, mais tarde, como Patrimônio da Humanidade.
D – Incorreta. O Cais do Valongo era por onde escravizados mais entravam no Brasil. Eles também podiam ser exportados por ali para outras partes do império ou da América, porém, o movimento de importação era bem maior. Além disso, após as independências, a maior parte das ex-colônias na América aboliram a escravidão. Lembre-se que o Brasil foi o último país a acabar com o cativeiro, o que só se deu em 1888. Então, era mais comum proprietários de cativos de outras partes da América virem com seus cativos se refugiar o Brasil do que o contrário.
E – Incorreta. Pelo contrário, a atitude do IPHAN expressa seu esforço em evidenciar a história da escravidão no mundo atlântico, para que ela seja conhecida e estudada de forma crítica.
Alternativa correta: A
+ Cultura e sociedade: período colonial do Brasil
+ Escravidão e resistência no período colonial
Enem (2022)
TEXTO I
Acresce que o negócio açucareiro, além de exigir capitais enormes, que excediam às possibilidades da gente comum, só admitia uns poucos trabalhadores especializados entre a classe de senhores e a massa escrava. A própria rigidez da disciplina de trabalho no engenho devia torná-lo insuportável para o trabalhador livre e, mais ainda, para gente afeita à vida aventurosa e vadia dos vilarejos.
TEXTO II
As atividades pastoris, nas condições climáticas dos sertões cobertos de pastos pobres e com extensas áreas sujeitas a secas periódicas, conformaram não só a vida mas a própria figura do homem e do gado. Um e outro diminuíram de estatura, tornaram-se ossudos e secos de carnes. Assim associados, multiplicando-se juntos, o gado e os homens foram penetrando terra adentro, até ocupar, ao fim de três séculos, quase todo o sertão.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
O antropólogo Darcy Ribeiro, em sua análise sobre a formação do povo brasileiro, enfatiza o papel condicionante exercido pela dicotomia entre
A manufatura e comércio na estrutura econômica.
B litoral e interior na organização produtiva.
C nativos e reinóis na hierarquia laboral.
D urbano e rural no espaço colonial.
E safra e pousio no uso do solo.
Resposta:
A alternativa A está incorreta. Ambas as atividades mencionadas pelos textos estão atreladas ao comércio, sendo a primeira voltada à exportação, enquanto a segunda é responsável pelo abastecimento do mercado interno.
A alternativa B está correta. Enquanto o texto I destaca o florescimento dos engenhos açucareiros no litoral nordestino, o texto II descreve a colonização dos sertões do Brasil a partir da pecuária.
A alternativa C está incorreta. As atividades econômicas mencionadas fomentaram o desenvolvimento de sociedades rurais.
A alternativa D está incorreta. A produção açucareira, descrita no texto I, e a pecuária, abordada no texto II, são atividades desempenhadas por colonos nascidos no território brasileiro com o passar do tempo.
A alternativa E está incorreta. Não há “pousio” na atividade descrita pelo texto II, afinal é abordado o desenvolvimento da pecuária no interior do Brasil.
Alternativa correta: B
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Unioeste (2024)
O chamado “Exclusivo Comercial Metropolitano” era uma imposição das metrópoles em relação as suas colônias, o qual estabelecia uma série de regramentos a serem cumpridos pelas colônias, principalmente no modo como funcionavam e se desenvolviam suas atividades comerciais e manufatureiras. Sobre o “Exclusivo Comercial Metropolitano”, assinale a alternativa CORRETA.
A Era um pacto que trazia vários benefícios às regiões coloniais, facilitando seu desenvolvimento e, no caso da América Portuguesa, foi responsável pelos processos que levaram à Independência do Brasil em 1822.
B Tratava-se de um pacto que trazia benefícios diretos às metrópoles, no entanto, na experiência brasileira, diferentemente do que aconteceu na América Espanhola, garantiu uma distribuição mais equitativa da riqueza entre as populações que viviam na colônia.
C Era uma relação de cunho comercial baseada nos princípios do Mercantilismo e que garantia a exclusividade das atividades mercantis e manufatureiras da metrópole sobre a colônia.
D Estava ancorado na prática de garantir um superávit comercial favorável, cujo princípio orientador e básico era importar mais do que exportar.
E Facilitava o desenvolvimento de um mercado interno nas regiões coloniais, pois ele era incentivado pelos investimentos que a metrópole realizava visando a melhoria das condições de vida das populações coloniais.
Resposta:
O Exclusivo Comercial Metropolitano foi um princípio fundamental do mercantilismo, sistema econômico adotado pelas metrópoles europeias nos séculos XVI ao XVIII. Ele estabelecia que as colônias só poderiam comercializar com suas respectivas metrópoles, impedindo o livre comércio com outras nações e restringindo a produção manufatureira colonial para não competir com os produtos da metrópole.
Alternativa correta: C
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UEA (2016)
O que tentou os holandeses, o que faz a riqueza dos habitantes, são estas vastas planícies de terrenos férteis, raramente interrompidas por colinas; é este ar puro que tão bem convém aos descendentes da raça europeia, pois a região de Pernambuco é quase o único lugar, juntamente com Minas, onde se veem brancos trabalharem a terra sem perigo. Desde o século XVI, a região de Pernambuco era ricamente cultivada e a população europeia ali havia aumentado. Por isso, inutilmente se buscariam nesta vasta região algumas tribos consideráveis de nações índias.
(Ferdinand Denis. Brasil, 1980. Adaptado.)
O autor refere-se à história da colônia do Brasil no século XVII e à conquista de Pernambuco pelos holandeses motivada
A pela riqueza aurífera da região e pela presença de uma rede de cidades comerciais ali instaladas desde o descobrimento do país.
B pela abundância de mão de obra indígena e pela possibilidade de continuar extraindo o pau-brasil na floresta litorânea.
C pela revolta da população local contra o domínio português e pelo projeto holandês de expansão da religião protestante.
D pela produção de algodão na faixa litorânea e pelo desenvolvimento da indústria têxtil na Holanda.
E pela antiguidade da presença de brancos e pela segurança derivada da quase inexistência de nações indígenas na região.
Resposta:
Alternativa correta: E
+ Povos indígenas e a História do Brasil: histórico e perspectivas
Enem (2023)
Antônio Vieira enfrentou a Inquisição portuguesa, de olho no apoio que os judeus portugueses podiam oferecer à causa da Restauração. Mas a Companhia de Jesus e a Inquisição portuguesa nunca foram muito amigas. Basta lembrar a estratégia missionária dos jesuítas, calcada na adaptação do catolicismo à cultura dos povos missionados, enquanto a Inquisição era obcecada pelo ideal de pureza da fé, sem mistura de nenhum tipo.
VAINFAS, R. In: FIGUEIREDO, L. (Org.). História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
No contexto da dominação ibérica da América, um exemplo do dissenso referido no texto girou em torno da
A criação de polos de fomento do comércio ultramarino.
B condenação da utilização de escravos do continente africano.
C ressignificação dos panteões indígenas pela propaganda cristã.
D fundação de núcleos de catequese nas regiões agroprodutoras.
E incorporação de indivíduos nativos pelas forças militares coloniais.
Resposta:
A – Incorreta. O texto aborda a adaptação do catolicismo à cultura dos povos missionados pelos jesuítas, que não está diretamente relacionada à criação de polos de comércio ultramarino. Essa alternativa se desvia do foco do conflito entre a Companhia de Jesus e a Inquisição.
B – Incorreta. Apesar de o uso de escravos ser um tema relevante no período, a questão não aponta diretamente para uma condenação específica relacionada a isso no contexto do conflito entre os jesuítas e a Inquisição.
C – Correta. Esta alternativa se alinha ao texto, pois o conflito mencionado se dá justamente pela maneira como os jesuítas adaptavam os elementos do catolicismo às crenças e práticas indígenas, algo que ia de encontro ao ideal de pureza da fé defendido pela Inquisição.
D – Incorreta. Embora os jesuítas tenham fundado núcleos de catequese, essa não é a principal questão de dissenso entre eles e a Inquisição abordada no texto. O foco aqui é na metodologia da catequese, não na localização geográfica dessas missões.
E – Incorreta. A questão da incorporação de nativos em forças militares coloniais não é o ponto central do conflito entre os jesuítas e a Inquisição descrito no texto.
Alternativa correta: C
+ União Ibérica: junção entre duas nações europeias
Urca (2025)
No processo de colonização do Brasil, o tráfico de pessoas africanas para o trabalho forçado teve um impacto profundo na formação cultural, social e econômica do país. Ao longo dos séculos, africanos de diversas etnias e regiões da África foram trazidos, resultando em uma vasta contribuição cultural, que abrange desde a música e a religião até a culinária e a língua. Essa herança africana foi absorvida e ressignificada de várias maneiras na sociedade brasileira, mesmo diante de perseguições e discriminações históricas.
Considerando essa contribuição africana, assinale a alternativa que melhor representa um aspecto dessa influência no desenvolvimento da identidade cultural brasileira:
A O sincretismo religioso entre elementos cristãos e africanos consolidou práticas religiosas exclusivamente europeias, impedindo a perpetuação de tradições africanas no Brasil.
B As manifestações culturais de origem africana foram isoladas em comunidades específicas, sem impacto significativo na identidade cultural das camadas urbanas brasileiras.
C Os africanos, ao chegarem no Brasil, perderam completamente suas tradições culturais, sendo obrigados a adotar práticas e costumes dos senhores coloniais, sem deixar influências duradouras.
D As religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, desenvolveram-se em interação com elementos culturais brasileiros, e resistem como símbolos da resistência e preservação da identidade afro-brasileira.
E A influência africana limitou-se às práticas agrícolas e culinárias no Brasil, sem contribuir para aspectos religiosos, linguísticos ou artísticos da cultura nacional.
Resposta:
A cultura africana teve um impacto profundo na identidade brasileira, influenciando não apenas a culinária e a agricultura, mas também a música, a dança, a língua e, especialmente, a religiosidade. As religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, surgiram da fusão de crenças africanas com elementos do catolicismo e do espiritismo, representando formas de resistência e preservação da identidade afro-brasileira.
A – Incorreta. O sincretismo religioso não eliminou as tradições africanas; pelo contrário, permitiu a manutenção e adaptação dessas práticas, como na incorporação de orixás às figuras de santos católicos.
B – Incorreta. A cultura africana influenciou fortemente as manifestações urbanas, como o samba, o carnaval e a capoeira, tornando-se parte essencial da identidade brasileira.
C – Incorreta. Apesar da repressão, os africanos conseguiram preservar e transformar suas tradições, criando expressões culturais próprias que perduram até hoje.
D – Correta. Essas religiões representam uma das formas mais evidentes da influência africana, sendo praticadas até hoje e reconhecidas como parte do patrimônio cultural brasileiro.
E – Incorreta. A influência africana vai muito além da agricultura e da culinária, abrangendo a música, a dança, a linguagem e a religião.
Alternativa correta: D
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Unicamp (2025)
“A terra [Rio de Janeiro] continua ainda a parecer-me muito mal. É rodeada de serras inacessíveis, a maior parte delas são uma rocha viva, e de todas fazem uma vista sumamente desagradável. Acho estes povos sumamente pobres e, como não têm gêneros seus que lhes constituam ao menos um ramo certo de comércio, pouca esperança tenho de os pôr melhor nesta parte. Em uma palavra, meu colega, isto está um cadáver que vai para a sepultura […]; parece-me ser este o mais próprio retrato em que presentemente se acha o Governo do Rio de Janeiro.”
(Marquês de Lavradio (Governador do Rio de Janeiro, 1769-1779). Carta de Amizade Escrita a Manuel da Cunha de Menezes em Pernambuco, em 13 de dezembro de 1769. In: Marquês de Lavradio. Cartas do Rio de Janeiro, 1769-1776. Rio de Janeiro: Secretaria de Estado de Educação e Cultura, p. 10, 1978.)
Tendo em vista seus conhecimentos sobre o século XVIII e considerando as informações do excerto, assinale a alternativa correta.
A A geografia montanhosa e rochosa impedia tanto o desenvolvimento do Rio de Janeiro quanto o uso do porto dessa cidade, no Brasil colonial, como centro de trocas comerciais.
B A concepção que se tem sobre o que seja “paisagem” é um construto histórico que envolve projeções políticas e ideológicas a respeito do que se vê.
C A concepção sobre o que seja uma paisagem bonita foi um argumento utilizado pela elite para convencer, contra a vontade de Lavradio, a corte portuguesa a migrar para o Brasil.
D O eurocentrismo impediu Lavradio de reconhecer o sucesso e a beleza dos arcos de pedra construídos com técnicas indígenas locais no Rio de Janeiro.
Resposta:
A – Incorreta. A geografia montanhosa do Rio de Janeiro não impediu o uso do seu porto nem seu desenvolvimento como centro comercial no período colonial. Ao contrário, o Rio tornou-se capital do vice-reinado justamente por sua importância estratégica e portuária.
B – Correta. A crítica feita pelo governador mostra como sua percepção da paisagem está marcada por frustração e julgamento político. A ideia de “paisagem” é, de fato, um construto social e histórico que reflete visões ideológicas e culturais sobre o território, como bem interpretado na alternativa.
C – Incorreta. O texto não sugere que a elite utilizava a paisagem como argumento de convencimento. A crítica de Lavradio é pessoal e expressa seu desencanto, não um embate ideológico com elites locais.
D – Incorreta. Não há menção a povos indígenas nem a elementos construídos por eles. O eurocentrismo pode ser inferido, mas a alternativa incorre em um anacronismo e extrapolação sem base no excerto.
Alternativa correta: B
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