9 citações de Ailton Krenak para usar na redação

9 citações de Ailton Krenak para usar na redação

O pensador é conhecido por seu trabalho como escritor e pelo ativismo em prol dos direitos dos povos originários

Ailton Krenak é um dos principais intelectuais indígenas do Brasil. Ativista pelos direitos dos povos originários desde a juventude, o filósofo, ambientalista e escritor também tece críticas anticapitalistas e anticolonialistas em seus livros, dá palestras e participa de programas de entrevistas.

Conheça nove citações de Ailton Krenak que podem ser usadas como repertório sociocultural na redação do Enem e dos vestibulares:

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Quem é Ailton Krenak?

Ailton Alves Lacerda Krenak nasceu na comunidade indígena dos Krenak, na região do Médio Rio Doce, em Minas Gerais, em 1953. Além de ser um filósofo, ambientalista e escritor, Ailton participou das fundações da Aliança dos Povos da Floresta e da União das Nações Indígenas (UNI) e militou pela inclusão dos Direitos Indígenas na Constituição Federal de 1988, tendo, inclusive, discursado durante a Assembleia Constituinte.

Em sua carreira como autor, Krenak já publicou ao menos nove livros, e foi eleito como Imortal pela Academia Brasileira de Letras. O escritor também possui trabalhos audiovisuais, tendo participado da série documental “Guerras do Brasil.doc”, de 2019. 

Discurso de Ailton Krenak durante a Assembleia Constituinte, em 1987

1- “A nossa Constituição tem um capítulo destinado aos direitos dos índios. Mas o consenso não houve para além daquele momento“

Em abril de 2021, Ailton foi entrevistado pelo programa “Roda Viva”, da TV Cultura. Na ocasião, usou a citação para falar sobre como poucos anos após a promulgação da Constituição Federal de 1988 os direitos dos povos indígenas já eram contestados pelo Marco Temporal.

2- “É uma distopia: em vez de imaginar mundos, a gente os consome. Depois que comermos a Terra, vamos comer a Lua, Marte e os outros planetas”

A frase vem de seu livro “A vida não é útil”, de 2020, no qual Krenak reflete, a partir da pandemia de Covid-19, sobre consumismo desenfreado, devastação ambiental e a visão estreita e excludente, no seu ponto de vista, sobre o que é a humanidade.

3- “O sistema capitalista tem um poder tão grande de cooptação que qualquer porcaria que anuncia vira imediatamente uma mania”

Ailton continua, com a citação, sua reflexão crítica sobre o consumismo na obra “A vida não é útil”, e conclui em seguida que “Estamos todos nós viciados no novo: um carro novo, uma máquina nova, alguma coisa nova”, devido ao estímulo do modo de produção capitalista.

4-”A modernização jogou essa gente do campo e da floresta para viver em favelas e em periferias, para virar mão de obra em centros urbanos”

Em seu outro livro, chamado “Ideias para adiar o fim do mundo”, publicado em 2019, Krenak usa a frase durante um debate sobre o que é humanidade. No capítulo, o escritor se questiona “como justificar que somos uma humanidade se mais de 70% estão totalmente alienados do mínimo exercício de ser?”.

5- “Fomos nos alienando desse organismo de que somos parte, a Terra, e passamos a pensar que ele é uma coisa e nós, outra: a Terra e a humanidade”

Também no ano de 2020, Ailton concedeu uma entrevista ao Jornal O Estado de Minas, e usou a citação como parte da resposta para a questão “filosoficamente, como interpreta a pandemia que acomete o mundo?”. Na ocasião, o pensador aponta que enquanto a alienação capitalista afasta as pessoas da natureza, aproxima as grandes corporações que a destroem.

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6- “[Estar com aquela turma me fez] Refletir sobre o mito da sustentabilidade, inventado pelas corporações para justificar o assalto que fazem à nossa ideia de natureza”

Em outro trecho do livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, Krenak conta sobre uma ocasião em que foi dar uma palestra em um encontro sobre desenvolvimento sustentável, promovido pela Universidade de Brasília (UnB), e explica como o encontro com diversos estudantes da instituição o fez refletir a respeito do tema. 

7- “Com o avanço do capitalismo, foram criados os instrumentos de deixar viver e de fazer morrer: quando o indivíduo para de produzir, passa a ser uma despesa”

A citação aparece em uma passagem do livro “O amanhã não está à venda”, na qual Ailton aborda a obra “Vigiar e punir”, de Michel Foucault, e a ideia de uma “sociedade de mercado”.

8- “A vida é fruição, é uma dança, só que é uma dança cósmica, e a gente quer reduzi-la a uma coreografia ridícula e utilitária”

De volta ao livro “A vida não é útil”, vemos o autor usar a frase justamente para trazer a crítica presente no título da obra. “A vida é tão maravilhosa que a nossa mente tenta dar um auxílio a ela, mas isso é uma besteira”, afirma Krenak.

9- “Estamos transformando os oceanos em depósitos de lixo impossíveis de tratar, mas vocês, certamente, vão escutar um bioquímico ou um engenheiro espertalhão dizendo que tem uma start-up que vai jogar um negócio na água, derreter o plástico e resolver tudo”

Em outro trecho da obra “A vida não é útil”, Krenak utiliza a citação como parte da crítica à ideia capitalista e individualista de sustentabilidade, que incentiva as pessoas a viverem, segundo suas palavras, como “consumidores do planeta”.

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